segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Só para imbecis

De uma vez por todas: assessor escreve-se assim. Com quatro. Acessor não existe. E como estou bem disposto importa explicar que assessor não é o que tem acesso a isto ou aquilo. Vá lá. Cobardes já são. Imbecis é um exagero.

Neves

As únicas pistas de neve deste sítio, modestas, estão situadas na Serra da Estrela. E na maior parte do tempo são alimentadas com neve artificial. Quando a dita cai verdadeiramente dos céus em abundância os praticantes da modalidade não chegam às ditas porque as estradas ficam cortadas. Os responsáveis das autarquias, região de turismo e afins não poderiam ir ver o que se faz em outras estâncias para, ao menos, evitarem o ridículo? Os custos em material devem ser irrelevantes para os orçamentos despesistas de autarquias e afins. E não será necessário nenhum choque tecnológico nem nenhum debate nacional para se manterem abertas, nos poucos dias em que a neve cai com alguma intensidade, as estradas que dão acesso à Serra da Estrela. Vá lá. Não sejam tão incompetentes. Disfarcem só um bocadinho.

Liberdades

É a nova Entidade Reguladora, é o novo Estatuto, é o Código Penal. Sob a batuta do PS e com o apoio do PCP e BE, o Governo de Sócrates prepara-se para dar uma enorme machadada na liberdade de expressão e na liberdade de imprensa em Portugal. Um sonho de esquerda, sempre adiado, que tem agora oportunidade de vingar. Como é óbvio, são os empresários, com Balsemão à cabeça, que protestam. Os supostos interessados, leia-se jornalistas, estão de cócoras. Uma posição a que já estão habituados. Em democracia e não só. Afinal, quem irá pagar as coimas, enormes, são os patrões, os capitalistas. E se começarem a praticar o exame prévio para salvarem as contas dos órgãos de comunicação social serão, aos olhos dos jornalistas de esquerda e sempre heróis revolucionários, esbirros fascistas do pior. Eles, os pobres escribas, adoram fazer sempre o papel de donzelas violadas.

terça-feira, fevereiro 21, 2006

OPAS

Agora foi uma empresa alemã a avançar com uma nova OPA sobre a Endesa. Zapatero ficou gago e mantém o apoio à operação da Gás Natural. Um dia destes, enquanto privados e Estado discutem eternamente os órgãos sociais da EDP, aparece alguém a parar o baile. Se a luz e o gás forem mais baratos até podem vir da Patagónia. Os estratégicos, os Pinhos, os Pintos, os Salgados e companhia bem podiam ir explorar os bijagós e dedicarem-se às estratégias para outro lado. O sítio, humildemente, agradecia.

Primus

É o novo banco de Líbano Monteiro, que vai explorar o excesso de endividamento das famílias portuguesas. Uma actividade que não é nova no mundo. Mas que é terrivelmente cristã. Os clientes são desesperados, a quem o novo banco pendura a corda ao pescoço e prolonga-lhes artificialmente a vida. Em vez de poucos anos de angústia, o Primus promete mais anos de desespero. Extraordinário, para mais feito por quem se reclama da Obra de Deus. Livra. Mal por mal, antes o Diabo. E o Fogo do Inferno. O mais depressa possível. E já agora continuem a oferecer crédito rápido à rapaziada. O Líbano Monteiro agradece. As vítimas são mais do que muitas. E indefesas. Mas pelo menos têm uma corda agarrada por um cristão da Obra. E o Céu, talvez com virgens, à espera.

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Israel

O Governo de Jerusalém suspendeu as verbas para a Autoridade Palestiniana. Natural. Esta organização passou a ser terrorista a partir do momento em que convidou os bárbaros do Hamas para formarem Governo. Seria o cúmulo do masoquismo pagar a quem nos mata. Mas a ONU, essa organização que não conta para a paz nem para a guerra, não percebeu. Ainda não sabe, ninguém lhe disse, que não existe.

Privatizações

Pouco a pouco, qual tartaruga, o Estado vai saindo dos negócios. Pouco a pouco, o mercado, isto é, os consumidores, vão ganhando esta guerra. E começam a cair, ano após ano, os falsos sectores estratégicos, versão moderna das nacionalizações comunistas.

Não se esqueçam

Irá o embaixador do Irão à posse de Cavaco? Talvez. E os senhores deputados irão ser cúmplices de tal afronta? Sinceramente, tudo é possível. Mas se tal acontecer não se espantem que aqui, neste estado deste sítio cada vez mais mal frrequentado, se tenha um profundo desprezo por Vossas Excelências.

Um ano

O PS de Sócrates ganhou as legislativas com maioria absoluta há um ano. Eu não tenho culpa. Mas, efectivamente, as medidas tomadas em sectores fundamentais têm sido positivas e corajosas. A começar na Educação. Em que os sindicatos e as federações têm sido postos na ordem por uma senhora ministra. Uma grande mulher que ficará, de certo, na história da 5 de Outubro. Pela positiva.

sábado, fevereiro 18, 2006

Ministra?

Mais um episódio na novela da colecção de arte moderna do senhor Berardo. Com a ministra da Cultura a revelar mais uma vez que a sua nomeação foi outro equívoco de Sócrates. Estará o primeiro-ministro à espera da posse de Cavaco para remodelar Freitas, Isabel e mais alguns?

Vamos a isso

Cavaco Silva toma posse a 9 de Março. Nas galerias vai estar o corpo diplomático, entre eles o senhor do Irão. Irão os deputados permitir passivamente, sem qualquer protesto, a presença de tal indíviduo na Casa da Democracia? Ou irão, alguns, pelo menos, tanto no PS como no PSD e CDS abandonar o hemiciclo caso se confirme a presença de tal bandido? Veremos se têm coragem e se passam das palavras aos actos.

Vá lá

Freitas do Amaral condenou as afirmações do senhor embaixador do Irão, chamou-o às Necessidadades e ficou à espera de explicações do dito. Tarde, muito tarde. E o Governo não expulsou o homem. Muito mal feito. Enfim, é o sítio e a sua gente do costume.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Ainda Freitas e Sócrates e o Irão

O embaixador do Irão em Lisboa elogiou Freitas do Amaral pelas suas posições sobre as caricaturas de Maomé. Fez mais: questionou o Holocuasto e diz que andou a fazer uma contas sobre os judeus assassinados pelos nazis. O ministro polaco dos Negócios Estrangeiros considerou escandalosas as declarações do diplomata de Teerão. Por cá, nada. Nem Freitas, nem Sócrates. Vamos dar umas horas. Mas se nada for dito só se pode tirar uma conclusão: estão ambos de acordo com o senhor embaixador. Quem cala consente. E se tal acontecer passam a ser uns miseráveis. Vermes sem qualificação. E serão sempre tratados desta forma neste blogue.
O senhor embaixador do Irão usou a liberdade de expressão em Portugal que não admite não só no seu país como em todo o mundo. Fez bem. Mal faz quem não diz a esse senhor que ninguém lhe vai queimar a casinha ou a embaixada, ameaçá-lo de morte ou à sua família ou juntar milhares nas ruas para queimar a bandeira do seu país. Mal faz quem não o chama às Necessidades e o expulsa como criminoso. E nazi. Mal faz quem não tem coragem para exigir desculpas formais ao Governo de Teerão.
É evidente que este cenário é pura ficção. Quem disse o que disse sobre as caricaturas, quem acusou o Ocidente de ser o grande agressor do mundo islâmico e propôs um torneio de futebol euro-árabe e em troca recebeu rasgados elogios de um criminoso que representa o terrorista Estado do Irão em Lisboa só pode estar calado. E é legítimo admitir-se que o homem subscreva as dúvidas sobre o Holocausto proferidas pelo referido bandido. Nestas matérias como noutras, não basta não ser. É preciso não parecer igual a um bandido. E, até ao momento, mesmo depois de um polaco ter mostrado a sua indignação, de Lisboa só se conhece o silêncio. Criminoso. Nazi. Tenho asco de viver neste sítio e ser governado por esta gente. Asco profundo. São uns miseráveis.

São Possidónio

Andar pela noite de Lisboa neste dia dito dos namorados é um inferno. O tal São Valentim, que nunca existiu no imaginário luso, tornou-se num santo que se torna obrigatório cumprir, faça sol ou faça chuva. E o resultado é uma enorme possidonice, um pavor de pôr qualquer cidadão de cabelos em pé. É bom para o comércio, é péssimo para a saúde mental de um sítio que já anda pelas ruas da amargura. Mas uma coisa é realmente certa: ao contrário do que diz o povo, o ridículo não mata. Decididamente.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Um apelo

Freitas do Amaral ou está maluco, ou é burro ou quer ser despedido como vítima por Sócrates. Mas enquanto o pau vai e vem não quererá o engenheiro Belmiro de Azevedo 'comprar' o homem ao Governo e despachá-lo paro o Irão com o objectivo de tentar uma OPA sobre a empresa pública de telecomunicações do país dirigido por um terrorista e, ao mesmo tempo, organizar o tal campeonato euro-árabe de futebol, em que o senhor podia ser a bola de serviço?

Caixa de Pandora

Tudo estava bem, o pântano estava calmo, as águas cheiravam muito mal mas um pouco de perfume e baronato transformavam a megera numa donzela inantigível. Bastou o anúncio da OPA da Sonae sobre a PT para surgirem todos os dias candidatos a contra-OPAS. Ele é João Pereira Coutinho (?), ele é Paes do Amaral (?), eles são fundos americanos, ele são empresas de capital de risco. Isto é, não há cão nem gato que surja agora a mostrar a cabecinha neste processo. Cada vez mais, muito embora os cães ladrem cada vez com mais força, Belmiro de Azevedo aparece aos olhos dos observadores como o grande empresário que teve a coragem de enfrentar este enorme bando de sanguessugas que os clientes da PT pagavam e ainda pagam. A caixa abriu-se e, de facto, o cheiro não se recomenda.

Já cheira mal

O Prós e Contras da RTP está a debater a OPA da Sonae sobre a PT. Tudo bem. O que cheira muito mal é tanta gente encher a boca com o 'interesse estratégico' da referida empresa pública e nunca, nunca mesmo, se explicitar o que isso é. Portugal, neste e noutros domínios, precisa de telecomunicações baratas e modernas, banda larga universal e barata e redes de televisão por cabo eficientes e baratas. E todos os outros produtos que as novas tecnologias põem à disposição dos consumidores, individuais ou colectivos. E o resto é conversa para defender imensos interesses instalados e obrigar os consumidores a pagarem a factura, brutal, dos negócios políticos que se fizeram à pala da PT. E continua de pé o desafio para se explicarem aos portugueses em geral e aos accionistas da PT em particular as contas exactas do investimento da empresa no Brasil. O tal que também é muito estratégico.

Welcome

Pedro Correia, Albano Matos, Duarte Calvão, Luís Naves. Os quatro corta-fitas aderiram a este espaço. Ora vamos a isto. Isto é, ao debate e à liberdade. Sem Freitas e outros imãs pelo caminho.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Canas e Freitas

Vitalino Canas, essa imensa figura socialista, afirmou o seguinte:' Estão bem uns para os outros, os caricaturistas irresponsáveis e os fundamentalistas violentos'. Diz o Blasfémias e eu subscrevo: Canas é igual a Freitas. Um insulto, portanto. Acrescento eu: Canas é mendecapto, burro e capacho.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Ainda o empresário

O BES desistiu de uma contra-OPA à PT. Ricardo Salgado elogia a iniciativa da Sonae, critica o preço oferecido e desanca Belmiro de Azevedo pelo abandono do negócio no Brasil, que continua muito obscuro para accionistas e opinião pública em geral. Quase em simultâneo, o empresário João Pereira Coutinho avança com o anúncio de uma contra-OPA. Ainda não se sabe quem a irá financiar. Mas Portugal está finalmente a mexer e o pântano empresarial está em grande agitação. Tudo graças a Belmiro de Azevedo. O senhor empresário, que, ao contrário do que imaginam algumas almas habituadas à mesquinhez lusitana, não é nem nunca foi testa-de-ferro de ninguém. Acontece que com a sua iniciativa mexeu, e bem, com enormes interesses instalados e parcerias estratégicas envolvendo enormes grupos financeiros e empresariais. Neste momento, no mundo dos negócios, Portugal, Belmiro de Azevedo, Sonae e PT entraram na agenda de grandes, médios e pequenos investidores. Tudo mérito do homem da Sonae. E, espera-se, graças a um primeiro-ministro e a um Governo que dia após dia estão cada vez mais próximos de todos os seres que acreditam no mercado e na concorrência, repudiam a presença do Estado nos negócios e sempre condenaram o proteccionismo, o neo-corporativismo e as políticas económicas salarazentas.

O 'ministro' capacho

Freitas do Amaral foi ao Jornal das Nove da SIC Notícias mostrar a quem ainda tinha dúvidas que é um mendecapto. Ora vejamos: para este senhor, o facto do Ocidente defender os seus valores, no caso a liberdade de informação, significa pura e simplesmente que está a fazer o jogo do bandido Ben Laden. Para este indivíduo, que andou por aí a berrar nas ruas contra a guerra ao terrorismo, é preciso conhecer em pormenor as ideias do terrorista Laden e actuar em conformidade. Para este imenso capacho do terrorismo, o que importa é não incomodar e 'provocar' os assassinos. Os princípios, os valores, a civilização, a dignidade, a liberdade, tudo, são negociáveis com os bárbaros. Como o homem está habituado a andar de cócoras, tudo é aceitável, menos a liberdade de televisões, jornais, artistas e cidadãos criarem e publicarem caricaturas, textos ou filmes que possam irritar os bárbaros. Mas como um capacho é sempre um capacho, o dito senhor, que não se distingue pela inteligência, falou na concertação de Nações sobre a polémica das caricaturas e ainda ficou mais sapo quando referiu que a sua declaração era igual ao último parágrafo da declaração de Bush sobre a matéria. Qual burro que ainda não percebeu que é burro, este dramaturgo de meia tigela falou em pretensos cultos para defender a sua burrice e ainda não compreendeu que o seu lugar natural é ao lado de Ben Laden, nas montanhas do Afeganistão, para servir de miserável capacho ocidental arrependido dos seus valores. Como a vergonha já ultrapassa os limites do admissível e Sócrates é um tipo inteligente e pragmático espera-se que na primeira oportunidade o sapo seja corrido do Governo com a oferta de uma burka e de um bilhete de ida para a caverna-sede da Al-Quaeda. A Nação, pobre, deprimida e farta de animais, agradece penhorada e antecipadamente.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

PT morta, PT posta

Seja qual for o resultado da OPA da Sonae sobre a PT uma coisa é certa: nada será como dantes. Já agora, porque será que nenhum órgão de comunicação social fez aquele exercício habitual dos vencedores e vencidos? Estão proibidos? Têm medo? Vá lá! Mostrem que a liberdade de informação não é uma figura de estilo. Homossexuais, bissexuais, heterossexuais, seja o que for, mostrem que o medo era só no tempo do Botas, com B em caixa alta. E que o Oliveira (Salazar) já morreu.

Pobre ministro

Depois de ter sido sovado em quase todo o lado - PCP e BE estiveram ao lado do triste -, o ministro dito dos Estrangeiros deste sítio muito mal frequentado veio dar o dito por não dito. Mais valia ter ficado calado. É, de facto, uma triste figura. Mais valia vê-lo ao lado dos energúmenos a queimar embaixadas. Dava, com certeza, umas caricaturas sensacionais. Só uma sugestão a Sócrates: não seria melhor nomeá-lo como dramaturgo-mor do Teatro Nacional D. Maria I? Era mais barato e não chateava tanta gente. Ao cuidado da senhora que imagina ser ministra da Cultura.

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Outra vez Freitas

No meio da polémica sobre as caricaturas de Maomé, lá apareceu Freitas do Amaral a criticar a publicação das ditas por fomentar um conflito de religiões. Pois é. Ainda hoje é um mistério a escolha deste senhor para ministro dos Negócios Estrangeiros. Só Sócrates saberá as razões. Mas é muito triste. Vergonhoso. É evidente que Freitas é sempre Freitas e não se espera outra coisa de um indívíduo que já nos habituou a estas vergonhas. Mas agora é ministro e quando debita estas porcarias está a falar em nome do povo deste sítio. De joelhos perante uma minoria de bandidos que queima, ameaça e mata em nome do Islão. Sim, de uma minoria insignificante. Esquecem-se que os muitos milhões de muçulmanos podem estar indignados com as caricaturas mas não andam a comportar-se como bandidos. Em Beirute, em Damasco, em Cabul, em Bagdad ou em Jacarta.

O empresário IV

Belmiro e o filho Paulo Azevedo deram uma enorme lição de pragmastismo, coragem e lucidez na apresentação pública da OPA da Sonae sobre a PT. E Sócrates tem tudo a ganhar se não colocar obstáculos à operação. Liberta-se não só de uma golden share condenada a prazo como de uma série de sarilhos na maior empresa 'pública' deste sítio, que a partir de Março continuava ameaçada pela gestão Granadeiro, sucessor lógico de Horta e Costa.

O empresário III

Horta e Costa, em nome do Conselho de Administração da PT, considera a OPA da Sonae hostil por duas razões: oferece um preço baixo por acção e não apresenta uma estratégia a prazo para a empresa. Extraordinário. Se o assunto não fosse tão sério dava vontade de rir. Como é que uma gestão tão incompetente, sem qualquer estratégia, de curto, médio ou longo prazo, e imensos rabos de palha - importava conhecer toda a história dos negócios no Brasil - vem agora criticar as propostas da Sonae sobre a empresa? É evidente que esta resposta rápida a Belmiro de Azevedo assemelha-se muito à reacção de um náufrago que tenta desesperadamente agarrar-se a qualquer coisa para não se afogar. Mas, sinceramente, seria mais honesto dedicarem-se rapidamente e em força aos chorudos planos de reformas da PT.

O empresário II

O BE e o PCP estão contra a OPA da Sonae sobre a PT. Não seria de esperar outra coisa de tais partidos, que odeiam a livre iniciativa, o mercado, a concorrência e os direitos dos consumidores a terem produtos melhores e mais baratos. São coerentes. Só aceitam o capitalismo e a burocracia de Estado e olham os consumidores como carneiros sem opinião. São múmias paralíticas, mas, enfim, não enganam ninguém. São o que são.

O empresário

A Sonae anunciou uma OPA sobre a Portugal Telecom. A operação ainda agora começou mas é, decididamente, uma enorme pedrada no charco do mercado bolsista luso e no negócio das telecomunicações. As distorções da concorrência, o proteccionismo, a recusa de separação das redes e a golden share do Estado na PT vão estar em discussão nos próximos dias. A partir de agora acabaram-se os véus, as meias palavras, as ambiguidades. E isto tudo fica a dever-se a um empresário chamado Belmiro de Azevedo. Dos poucos que andam neste sítio e que não precisam de movimentos estupidamente nacionalistas para fazer negócios e ganhar dinheiro. Adivinha-se, a esta hora da noite, o susto que o anúncio da OPA provocou nos meios financeiros lusos e nas manobras a que iremos assistir nos próximos dias. Com dois destaques: por um lado a France Telecom é parceiro estratégico da Sonae.com, por outro o Santander espanhol financia a operação e por último pode estar no negócio a também espanhola Telefónica. Um enorme caldo que irá obrigar imensa gente a tirar a máscara. Mas, para já, vinte valores para Belmiro de Azevedo.

sábado, fevereiro 04, 2006

Casem-se!

Vi, ouvi e li tudo sobre os casamentos homossexuais. Diverti-me imenso. Não há cão nem gato que não opine sobre o assunto. Conservadores, homofóbicos, liberais, esquerdóides da tasca, esquerdóides do caviar, juristas, constitucionalistas e a tropa fandanga. Sinceramente não há pachorra. Os homossexuais podem casar-se. É óbvio. Só faltava que o Estado limitasse ou ampliasse os direitos dos cidadãos em função da sua orientaçãqo sexual. E já que estão com a mão na massa, importa dizer que as uniões de facto não podem ser marginalizadas por um Estado de direito democrático. Isto é, os cidadãos não podem ser beneficiados com o casamento e penalizados por recusarem este instituto. A liberdade, quando existe, é para todos. E, já agora, para acabar com este assunto, que alguns rapazes e raparigas classificam de fracturante, importa dizer que os homossexuais, casados ou a viver em união de facto, têm todo o direito a adoptar crianças. Uma sociedade em que a grande maioria da violência contra as crianças é praticada no seio de famílias ditas normais não tem qualquer legitimidade para impedir a adopção por cidadãos que, casados ou não, estão dispostos a amar e a criar seres que os pais biológicos abandonaram ou violentaram e o Estado não consegue, na maioria das vezes, proteger.

Coitado do Maomé

Uns imbecis islâmicos odiaram as caricaturas do profeta publicadas por um jornal dinamarquês. Fartei-me de rir com a grande maioria delas. Os tipos podem berrar, ameaçar, manifestar-se, queimar bandeiras e prometer o Inferno para os infiéis ocidentais que preservam a liberdade. Triste seria que certos ocidentais se vergassem ao radicalismo e saltassem em defesa dos energúmenos que berram por Maomé e nunca leram nada sobre o dito. São, basicamente, os assassinos que matam inocentes em troca de dormirem com uma carrada de virgens. Se ninguém ligar aos ditos protestos, cenas para televisão filmar, o assunto passa rapidamente para segundo plano e os bandidos continuarão a ser apelidados de combatentes, guerrilheiros, resistentes e outros nomes simpáticos por uma certa escumalha que adora fazer de capacho e cúmplice dos assassinos.

Muito secreto

Rui Costa Pinto fez um excelente trabalho na Visão sobre os pobres espiões deste sítio. A excitação de políticos e populaça é que não se compreende. Alguém acredita que este sítio muito mal frequentado vai alguma vez ter serviços de informações com credibilidade? A rapaziada da esquerda, com o PCP à cabeça, nunca permitirá tal desaforo. E bastam duas palavras para acabar com o assunto: Nova Pide. Para bem dos nossos pecados há quem zele por nós. Falam inglês, não tocam piano e há muito que deixaram de ter complexos. De esquerda. Melhor dizendo, supostamente de esquerda. E que actuam com enorme pragmatismo contra o terrorismo, na defesa do estilo de vida e da liberdade de milhões e milhões de cidadãos deste mundo.