O senhor empresário
Belmiro de Azevedo é uma das poucas excepções no mundo empresarial, cheio de dependentes do favor, do subsídio, do negócio patrocinado pelo Governo socialista ou social-democrata ou da privatização obscura de uma empresa pública. Vale a pena ouvi-lo hoje na Dois no Programa 'Diga lá, Excelência'. Atira-se à Ota e ao TGV e afirma que Sócrates ainda não tomou nenhuma decisão estratégia. Mais ainda, diz o óbvio: há 250 mil funcionários públicos a mais. Uma realidade que nem PS nem PSD serão capazes de mudar. E o poder? Sim o poder? Como é que iriam ganhar eleições com uma proposta destas? Este sítio, definitivamente, não tem emenda. A solução terá de vir de fora. Mais tarde ou mais cedo.
2 Comments:
Ouve-se o Belmiro e outros patrões de sucesso e concorda-se com eles, sim, é preciso coragem e tomar medidas duras; o problema é que há uma grande diferença entre falar quando se está fora e fazer quando se está no governo. O acto de governar implica um tal grau de hipocrisia e compromisso, que não deixa fazer o que é realmente preciso, quando é preciso.
Se o Belmiro e os outros tivessem que governar o país, não seria muito diferente.
o Grande empresário tb já está um pouco gágá, como qualquer pessoa que o conheça de perto pode confirmar.
E, a mim, cansa-me um bocado ouvir sempre os mesmos treinadores de bancada a "mandar papaias".
De qualquer das maneiras, a Sonae já não é o que era. Curiosamente o que Belmiro critica na administração publica, deixa que aconteça nas suas empresas. Não deixa de ser curioso.
Só quem está fora é que mantem essa ideia de empresa de trabalho e profissionalismo, etc, etc...
O que há mais são promoções "politicas", cunhas para amigos, "lambe-botas", etc..
Tudo o que critica, tem dentro de casa. Não vai demorar muito para se tornar visivel...
Infelizmente, o tempo em que estas coisas se desenvolvem é bastante diferente do tempo do sound bite (bite ou byte?).
E, assim, as entrevistas podem ir durando sob a capa do "grande empresário" de sucesso que tudo sabe e para tudo tem soluções.
Triste povo o nosso.
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