quinta-feira, junho 01, 2006

Sim, senhora ministra

As escolas, antes do 25 de Abril, existiam para ensinar os alunos. Há trinta anos existem para empregar professores. Agora, a ministra Lurdes Rodrigues atirou uma enorme pedrada no charco e veio a público denunciar a forma mafiosa como os senhores professores organizam as escolas em função dos seus interesses. Não lhe doam as mãos. É preciso rebentar com a escola corporativa e obsoleta criada pelos sindicatos e pelos partidos do poder em trinta anos de democracia. Esta ministra da Educação, a única desde o 25 de Abril, merece todo o apoio do mundo. E os pedidos de demissão de Os Verdes e os gritinhos de indignação dos sindicatos dos professores só mostram que a ministra está cheia de razão. E, mais importante do que isso, não tem medo.

11 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Então a mulher a unica coisa que quer é que os professores passem as criancinhas e você faz a apologia da escola que existia apenas para ensinar os alunos?
Neste final de ano lectivo ela não pára de ameaçar, de fazer chantagem, diz preto no branco que se os petizes chumbarem a culpa é dos professores, e ninguém vê aonde é que ela quer chegar?
Não há maior cego do que aquele que não quer ver.
Esta sim, é a verdadeira ministra do eduquês (em versão simplória e apoucada).

12:39 da manhã  
Blogger Pedro de Sousa e Silva said...

Concordo totalmente. Sabemos bem como o sector Educação é dos mais difíceis do Estado. Sabemos bem o peso e a pressão dos sindicatos e dos professores na salvaguarda dos seus interesses corporativos. Por isso mesmo é louvável a forma como Maria de Lurdes Rodrigues está a conduzir o seu Ministério.

8:41 da manhã  
Blogger Pedro Sá said...

Concordaria por inteiro não fosse o início.

Antes do 25 de Abril, serviam basicamente para excluir todos ou quase todos aqueles que não vinham das classes mais altas.

10:27 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

"O choque de que o nosso país precisa nessa matéria reconduz-se à varredela: é preciso varrer radicalmente do sistema a maior parte dos actuais programas, manuais, livros de estudo, métodos de ensino, teorias pedagógicas, talvez mesmo as próprias bases em que funcionam as escolas superiores de educação, formando professores cuja actuação, a despeito de boas classificações, de empenhamentos sinceros, das maiores boas vontades e dedicações, redunda globalmente nos famigerados resultados referidos.

Se tudo falha, é preciso recomeçar tudo desde o princípio, é preciso mudar os materiais didácticos, é preciso inscrever os professores e demais responsáveis pela educação numa reciclagem vigorosa e completa, hoje que a palavra de ordem é a formação ao longo da vida. O que se aprendeu com o objectivo de ensinar e o que se ensina com o objectivo de educar não presta para nada e a melhor prova disso é o que está a acontecer".

Prof. Graça Moura no DN de ontem

1:06 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O que os paizinhos querem é que os meninos passem, de preferência com notas altas.
Sendo assim, está o problema resolvido: faz-se-lhes a vontade.

9:54 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Concordaria por inteiro não fosse o início.

Antes do 25 de Abril, serviam basicamente para excluir todos ou quase todos aqueles que não vinham das classes mais altas.
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Viu isso num filme ou contaram-lhe?

Por outro lado, na de hoje, os que não vêm das classes mais altas são estupidificadaos e imbecilizados (amanhã estão capazes de incendiar carros) enquanto os das classes mais altas estudam em escolas privadas e no estrangeiro, passando ao largo do ensino "democrático" da treta.
Mas enfim, há quem tenha palas nos olhos e goste de ser enganado...

12:08 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Excelente post! Prova disso é alguns comentários simplesmente demagógicos que desde logo se fazem ouvir...
Eu, que já fui aluna (e sei perfeitamente como as "coisas" eram) e hoje sou mãe de um aluno, estou totalmente com a nossa Ministra. Espero sinceramente que não ceda... Cumprimentos.

9:16 da manhã  
Blogger Luís Marvão said...

O mundo de ARF, comprova-se, é bidimensional, a preto e branco.
De que lado estaria ARF na Revolução Cultura Chinesa? Pelos alunos, na implacável avaliação dos professores...

5:55 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Em Espanha, a propósito da alteração da Lei da Educação, os professores denunciaram os quatro mitos que consideram responsáveis pelo fracasso do sistema:

- O mito de aprender fazendo; o mito da igualdade; o mito do professor amigo; o mito da educação sem memória.

Declararam-se também, maioritariamente, simplesmente fartos:

- Da falta de esforço; da falta de autoridade na aula; do excesso de especialização; da integração sem meios; da deterioração do ensino público.
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Isto é em Espanha.
Cá, pela parte que me toca acrescentaria mais um.
- Farto de uma ministra que ataca a maioria dos professores que têm passado as passas do algarve nas escolas e que se cala perante uma minoria que transformou as escolas numa rebaldaria completa onde ao aluno nada é exigido (já faltou mais para que a dita mande os meninos bater nos prof.)

8:02 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Esta senhora do «Liblog» escreve, no dia da criança, esta pérola :

«Feliz dia para voçês !!».

Bravo, Madame ...

11:17 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Incrível a quantidade de comentários "débeis" que se escondem por trás do anonimato...

11:00 da tarde  

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