O romance eléctrico
A coisa ainda está a dar. O Conselho Superior da EDP, o Mexia, a Iberdrola, o Pina, o Espírito Santo, o Teixeira Pinto, o Almeida, o Pinho, o Penedos enganado, enfim, os suspeitos do costume. Os falsos privados, os ministros, os deputados, os gestores do centrão, os especialistas da treta, a conversa da treta. Os espanhóis de um lado, os espanhóis do outro, ai ai que isto é um sector estratégico, o consumidor/cliente que se lixe, nunca mais há concorrência a sério. Os preços sobem para uns, baixam para outros à custa dos mexilhões e o baile continua. O sector é estratégico, logo os negócios são públicos, com os privados a fingir que o são e os políticos a garantir o seu interesse estratégico. Esquerda, direita, centros disto e daquilo, importa é que o Estado lá esteja. São náufragos agarrados à tábua. Se um cai caem todos. A esperança é o mercado, a concorrência e a globalização. Que mais tarde ou mais cedo irá varrer estes videirinhos da massa. A uma velocidade transcendente. Com uma energia igual ao produto da massa pelo quadrado da velocidade. Imaginem como estas almas irão depressa para o Diabo que as carregue.
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