São tão queridos
São mesmo todos iguais. De Louçã a Sampaio, passando por Cavaco e Soares. Ai a EDP, ai o papão, ai que vêm aí os espanhóis. Ai que a eléctrica tem de ser portuguesa. Ai que horror, custe o que custar, faça o que fizer aquilo é nosso, salvo seja, e de mais ninguém. Só dá para rir, de tão patético. E enquanto estas almas patrioteiras se sentam à volta dos tachos, a globalização, felizmente, não pára à espera dos planos do Pinho, dos gemidos de Sampaio e do nacionalismo bacoco de Cavaco. A propósito: é verdade que a Autoridade de Concorrência espanhola chumbou a OPA da Gas Natural sobre a Endesa. Mas também é verdade que a entidade reguladora do sector já a tinha aprovado e o Governo de Zapatero tem agora a palavra final. Que é claramente a favor da OPA. Por cá fazem-se planos, planos, planos. Por lá avança-se com negócios e estratégias capazes de assegurar o futuro das empresas no mercado eléctrico europeu.
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