terça-feira, janeiro 31, 2006

A sério?

José Mateus diz no Claro que Sócrates só quer fazer um mandato como primeiro-ministro. Espero que as confidências do primeiro-ministro não correspondam à verdade. Mesmo com medidas impopulares e pontapés violentos na cultura burocrática, estatista e socialista deste sítio a verdade é que Sócrates secou a oposição dentro e fora do PS. Por boas razões. E tem capacidade para transformar este sítio num local um pouco menos mal frequentado. Vamos ver se a burocracia, o estatismo, o terror do mercado e da concorrência e os empresários subsídio-dependentes não o deitam borda fora.

Choque

Depois da onda do investimento estrangeiro e das medidas de combate à burocracia temos a semana do choque tecnológico, melhor dizendo, a semana Microsoft, melhor ainda, a semana Bill Gates. Sócrates continua a somar pontos. A actuação deste Governo em diversas áreas está longe do socialismo estatista, burocrata e hesitante de outras eras e mostra como o exemplo de Tony Blair está a ser seguido de forma exemplar por Sócrates. No PS de hoje qualquer liberal votaria sem hesitação. E com muito orgulho. Quem disse que as políticas liberais neste sítio estavam condenadas ao fracasso?

Os cinco por cento

Digam o que disserem, José António Saraiva continua a ser uma leitura obrigatória aos sábados. Na última crónica falava nos cinco por cento de leitores que votaram em Alegre por duas razões decisivas: odeiam Soares e o soarismo e nunca por nunca votariam em Cavaco. Como eleitor desse universo garanto que José António Saraiva acertou em cheio.

Baixezas

Manuel Alegre meteu baixa. O Estado do Sítio cada vez mais mal frequentado, como se pode verificar por esta baixa, está em condições de informar que o ministro Vieira da Silva já mandou investigar o assunto. E se for uma baixa fraudulenta promete mão pesada para o infractor. E depois escusam de vir dizer que se trata de uma perseguição política. É uma enorme estupidez que merece ser devidamente castigada.

Vasco

É uma excelente notícia. Vasco Pulido Valente na blogosfera n' O Espectro da Constança. O Abrupto que se cuide.

domingo, janeiro 29, 2006

Boas medidas

As dez medidas anunciadas por Sócrates para combater a burocracia são excelentes notícias para as empresas e os cidadãos. Mas mais importante do que o alcance concreto de cada medida é a cultura política que o primeiro-ministro quer instalar neste sítio. Importa combater o Estado totalitário, omnipresente, impune e opressor da iniciativa privada. É por isso que o BE do Anacleto e o PC do Sousa ficaram amarelos. Para eles o Estado é algo de sagrado, intocável, que pode e deve comandar a vida da sociedade e dos cidadãos. A burocracia nunca foi, não é e nunca será apolítica e sem ideologia. É, sempre foi, totalitária, colectivista e opressora. Comunista, fascista ou democrática. O espantoso disto tudo é que seja um socialista pragmático a pôr em prática estas medidas. Vinte valores para José Sõcrates.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Terroristas ao poder

O movimento terrorista Hamas venceu as eleições palestinianas com maioria absoluta. Desta feita, sem coberturas hipócritas, ficou bem à vista a enorme mistificação do chamado Estado palestiniano. O objecto destes partidos não é o bem-estar de dois milhões de seres humanos. Não. Só existem para destruir Israel e os judeus. Um objectivo antigo sempre embrulhado em roupagens democráticas. Com a cumplicidade de uma Europa anti-semita e cobarde. O que é que resta a Israel? Isolar o seu Estado dos bandos de terroristas e desmascarar de uma vez por todas uma Europa que, ontem como hoje, alimenta a morte e tudo o que é contrário aos direitos humanos. O Hamas vai ser, com certeza, um dos grandes aliados dos que, de Madrid a Paris, passando por Lisboa e Bruxelas, ainda sonham com a derrota de Israel. Da esquerda à direita. Com destaque caseiro para os senhores do BE, que por circular interna proíbem críticas aos países árabes e estão ao lado do Irão na matéria nuclear, sempre na esperança de concretizarem o sonho dos nazis. Mas os anacletos e oliveiras com caixas baixas serão sempre o lixo da história. Para bem da humanidade e da civilização.

Está doido?

José Medeiros Ferreira é um homem inteligente, sibilino, açoriano. Apoiante da primeira hora da candidatura de Soares garantiu a eleição do socialista à primeira volta em diversas crónicas. Falhou a cem por cento. Mas em vez de curtir a enorme indigestão no sossego do lar veio para a blogosfera dizer que só existem 700 mil eleitores que defendem o actual regime democrático, os mesmos que votaram em Soares. Como o homem merece respeito e não deve ter perdido as suas faculdades mentais, tal post deve ser entendido como uma provocação barata de quem ficou muito azedo não com a derrota de Soares mas com os erros das suas previsões. É uma atitude humana. Que, como tal, deve ser perdoada.

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Pobre Anacleto

Francisco Anacleto Torquemada Louçã perdeu cem mil votos entre Fevereiro de 2005 e Janeiro de 2006. Um resultado justo, que só não foi mais positivo porque conseguiu ter mais três décimas que o limite de 5% abaixo do qual o Estado não paga as campanhas. Mas enfim, o gozo de ver o inquisidor-mor da esquerda e direita humilhado compensa o facto de os contribuintes lhe pagarem os passeios pelo locais do sítio, que obviamente ficavam muito mais mal frequentados sempre que o sujeito os visitava.

Para memória futura

No campeonato das sondagens do DN, Expresso e Público publicadas na sexta-feira, dia 20, tendo em conta apenas os três principais candidatos, o vencedor é o Público com um desvio de 3,8. Segue-se o DN com 4,4 e o Expresso com uns vergonhosos 9,5.

Isso não se faz ao Rui

A Eurosondagem de Rui Oliveira e Costa nunca conseguiu pôr Alegre à frente de Soares nas sondagens. Mas as acusações de parcialidade são obviamente injustas. A culpa é totalmente dos inquiridos da empresa que enganaram com dolo o ex ou actual dirigente da UGT que apoiou Soares. O homem não queria, mas foi objectivamente alvo de uma enorme cabala que António Costa, um dos especialistas nas ditas, e Ferro Rodrigues andam a investigar com o apoio da OCDE. O inquérito não conta com a colaboração de Paulo Pedroso e Ricardo Sá Fernandes. Mas já há um suspeito: o PGR, Partido da Grande República, que estará para nascer pelas mãos de Alegre e Helena Roseta.

Vozes do dono

José Sócrates falou em cima de Alegre e deixou o segundo candidato mais votado nas presidenciais a falar sozinho. Diz o PS que foi sem querer. Isto é, na sede do PS as televisões estavam desligadas para aliviar a terrível indigestão provocada pela extraordinária votação do candidato apoiado pelos 'socialistas'. Outras fontes, garantem que, face às despesas da campanha e ao corte de verbas pagas pelo Estado, Sócrates deu ordem imediata de poupança nas despesas e que os televisores foram de imediato postos à venda e a luz cortada no Rato, com excepção da sala em que se encontravam os jornalistas para ouvir o secretário-geral do PS.
Acredite quem quiser nas esfarrapadas desculpas socialistas. Mas seja como for importa dizer que, fosse qual fosse a intenção de Sócrates e do seu staff, a verdade é que as televisões se portaram de forma indigna. Bastou aparecer o engenheiro e logo as emissões deixaram Alegre e passaram para o Rato. E com certeza não receberam ordens de ninguém. Foi de motu próprio. É o efeito Pavlov. Estes senhores não são jornalistas. São as vozes do dono. Que muda em função dos votos e de outras coisas. Tristezas, misérias.

domingo, janeiro 22, 2006

Dia santo

Foi um dia muito bonito. Sem ouvir as vozes de Cavaco, Alegre, Soares, Jerónimo, Louçã e Garcia. E os comentários dos jornalistas do costume. Em vez de dinossauros assistiu-se à tentativa de salvar uma baleia que apareceu no Tamisa. Infelizmente não sobreviveu. Mas hoje é dia de votar e esperar pelos resultados das oito da noite. E estar atento às reacções violentas de uma certa esquerda que só adora a democracia quando os resultados lhe são favoráveis. Enfim, tiques de outras eras. Com um dia sem chuva e Sol de Inverno, o voto tem necessariamente de ser alegre. Até logo.

sábado, janeiro 21, 2006

Professor Marcelo

Pronto. Marcelo Rebelo de Sousa é o primeiro candidato na corrida às presidenciais de 2016. Só não foi agora porque Cavaco, um candidato medíocre nas palavras do professor e comentador da RTP, avançou. Apesar de Marcelo e de Soares. O número circense da Media Capital, os ataques desmiolados a Alegre e as provocações a Paulo Portas para concorrer contra Cavaco eram não análises ou comentários mas sim gritos desesperados de quem adorava ver Soares sentado em Belém até 2011 para se candidatar logo a seguir. É que 2016 não é já a seguir. A única coisa maçadora é que o professor é pago pelos contribuintes para fazer as suas campanhas pessoais. O resto não é novidade. É uma questão de carácter.

Tiro pela culatra

O PS queria Souto Moura com urgência no Parlamento. O BE espumava de raiva por não ter o procurador em São Bento. Souto Moura lá foi e saiu-se muito bem. Os pobres deputados, da esquerda à direita, com destaque para a inqualificável Drago, mostraram não só ignorância como revelaram uma profunda má-fé em todo este processo. Tiveram entradas de leão e saídas de sendeiro. Mas o bom e o bonito vai acontecer quando o processo-crime em curso terminar. E, entretanto, Souto Moura vai continuar merecidamente no seu lugar até final de 2006. Para desespero dos socialistas e acólitos de ocasião.

Para memória futura

Aqui ficam registados os valores das últimas sondagens do DN, Expresso e Público:

DN: Cavaco 53
Alegre 20,6
Soares 12,4

Expresso: Cavaco 53
Soares 16,9
Alegre 16,2

Público: Cavaco 52
Alegre 19
Soares 15

Como são as últimas, segunda-feira, ou domingo à noite, logo se verá se acertaram ou não. É o preto no branco. E seria bom que os directores não atirassem as culpas exclusivamente para as empresas de sondagens, como aconteceu nas autárquicas em alguns jornais e televisões.

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Uma nota

Normalmente não respondo a comentários. Mas o senhor ou senhora que está convencido (a) que os telefonemas das sondagens são feitos entre as 17 e as 22 horas ainda acredita no Pai Natal.

A última

É mesmo emocionante. E para fazer crescer a água na boca para domingo, aqui vai a útima sondagem do DN a sair amanhã (imagino que a Ana Sousa Dias do Marocas respeite o dia de reflexão para descanso dos nossos neurónios):
- Cavaco 50,8
- Alegre 17,6
- Soares 16,5
Como se vê tudo é possível com o erro da sondagem, nomeadamente haver uma segunda volta entre Cavaco e Soares. Depois, no domingo à noite, lá virá o normal ajuste de contas e o balanço de tanta macacada.

Ui,ui

Cavaco 52,7, Alegre mais de 19 e Soares pouco acima dos 14. É a penúltima sondagem do DN. Sinceramente. Isso não se faz ao pai. Ou ao padrinho. O menino, ou melhor, a menina vai levar tau-tau. Muito. Ai, ai, ai. Ui, ui, ui.

Joaninha

O José Mateus explica em O Claro o estranho desaparecimento de Joana Amaral Dias da campanha do Soares. É evidente que não se percebe muito bem quem estava contra ou a favor. O Alfredo teve alguma coisa a ver com o assunto? E a Clara? E o Sócrates? E o Medeiros? O melhor é esperar pelo próximos capítulos sentimentais. After 22. Of course.

Alô, alô

Soares em Viana do Castelo. A EEPER, Empresa de Escutas do Partido da Ética Republicana, registou o telefonema entre o candidato presidencial e o ministro da Defesa:
- Estou? Quem fala?
- É o Mário.
- Ó pá, não sabes que estou na China? Se me vens chatear outra vez com os estudos desfavoráveis da Força Aérea sobre a Ota mando-te para a outra parte. Já te disse que foram todos destruídos e o general garantiu-me que não há cópias.
- Não faço ideia do que é que está a falar. Eu sou o Mário, o presidente, quer dizer, o candidato do PS...
- Dr. Mário Soares? Desculpe, mas não percebi que era você. Sabe, estou na China...Pensei que era o chato do Lino, o das Obras Públicas, que só pensa em comboios e aviões. Está maluco, o comuna.
- Eu sei, homem. Mas deixe-se de conversas. Estou aqui com uns gajos no refeitório dos Estaleiros de Viana, não sei se são comunas ou socialistas, e os tipos estão contra a privatização da empresa e disseram-me que o senhor disse que a ia vender aos capitalistas.
- Bem, eu..., é uma hipótese, sabe, estão a ser feitos estudos, mas só depois do relatório final irei propor ao Governo uma decisão.
- Eu não percebo nada disso. Só sei que os tipos estão à espera de atacar os rojões e querem que eu lhes diga que a empresa não vai ser vendida. E, meu caro Luís Amado, bem preciso de números destes, como sabe.
- Eu sei. Pois, mas sabe, caro dr. Mário Soares, que o assunto é delicado e antes de lhe dar uma resposta definitiva tenho de falar com o senhor primeiro-ministro.
- O quê? Olhe lá! Eu tenho os gajos a olhar para mim, não querem que isto seja vendido, e eu vou-lhes dizer que você me garantiu que isto ia ficar no Estado.
- Por amor de Deus. Não me comprometa. Deixe-me falar com o Sócrates. O senhor não pode garantir nada, ainda faltam os estudos...
- Deixe-se de coisas. Com o Sócrates posso eu bem e se você vender isto mais tarde pouca gente se vai lembrar do que eu disse e você arranja com certeza uma boa desculpa.
- Mas, eu preferia falar primeiro com o José...
- Ó homem, já estou farto do Sócrates. A propósito: está a curtir Pequim? Sabe daquela anedota das chinesas?
- Anedota? Chinesas? Bem...
- Vocês são mesmo uns nabos. Sabe qual é --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------( texto censurado pelo operador de serviço da EEPER).

terça-feira, janeiro 17, 2006

E esta, hem?

Sondagem DN de terça-feira: Cavaco desce para 54,6, dois pontos percentuais num dia, Alegre cai para a casa dos 18 por cento e Soares sobe para 13,2, quando tinha 11,5 na segunda-feira. Isto é, ainda há esperança. De acordo com o Contra-Informação, já havia um macacão nas presidenciais. Agora há uma verdadeira macacada.

domingo, janeiro 15, 2006

Última hora (a última)

Jorge Sampaio, de volta ao seu posto em Belém, dá uma conferência de imprensa na sexta-feira, dia 20, para se congratular com a última sondagem do DN que lhe dá uma folgada vitória na primeira volta das presidenciais. Na ocasião, o futuro Presidente irá anunciar ao sítio que a Ana Sousa Dias do Marocas irá ser o seu Chefe da Casa Civil. Esperam-se tumultos violentos em Belém.

Última hora(a nona)

O ministro da Saúde foi apanhado de surpresa com o internamento da Ana Sousa Dias do Marocas e de Jorge Sampaio e com o forte protesto dos utentes do referido hospital. Esperam-se tumultos violentos.

Última hora (a oitava)

Souto Moura, informado pelos mil milhões de jornalistas em tumulto à frente do Palácio de Belém da audiência urgente entre Jorge Sampaio e a Ana Sousa Dias do Marocas, vulgo King Kong, chamou o INEM e internou-os no Miguel Bombarda.

Última hora (a sétima)

Jorge Sampaio, surpreendido com o comentário da Ana Sousa Dias do King kong, chamou a Belém, com urgência, a dita.

Última hora(a sexta)

A Ana Sousa Dias do Marocas, ou melhor, do King Kong da Joana Amaral Dias, baralhada com tanta audiência urgente em Belém, pediu em directo, num acto de grande coragem, a demissão de Joaquim Oliveira.

Última hora (a quinta)

Jorge Sampaio descobriu, ao fim deste anos todos, que o CEO da PT era, afinal, Souto Moura, disfarçado de Miguel Horta e Costa. Pelo sim, pelo não, convocou os dois para Belém com urgência. Os jornalistas, aos magotes, já não sabem quem é quem. Esperam-se tumultos entre os dignos representantes da comunicação social.

Última hora (a quarta)

Jorge Sampaio convocou para uma audiência urgente no Palácio de Belém o primeiro-ministro José Sócrates e as duas muletas ganhas por bons serviços ao turismo suiço de Inverno. Milhões de jornalistas, avisados previamente, provocam o caos nas ruas de Belém e adjacentes.

Última hora (a terceira)

Jorge Sampaio convocou para uma audiência urgente no Palácio de Belém Alberto Costa, ministro das escutas e afins. Milhares de jornalistas, avisados previamente, acampam ao pé do dito.

Última hora (a segunda)

Jorge Sampaio convocou para uma audiência urgente no Palácio de Belém Mário Lino, ministro da Ota e do TGV. Centenas de jornalistas, avisados previamente, acampam à frente do dito.

Última hora

Jorge Sampaio convocou Miguel Horta e Costa para uma audiência urgente no Palácio de Belém. Dezenas de jornalistas, avisados previamente, acampam à frente do dito.

sábado, janeiro 14, 2006

Porca miséria

A história do registo de chamadas telefónicas de altas figura do Estado cheira cada vez pior.
Ponto um: é falso ou verdadeiro?
Ponto dois: o MP pediu apenas, com despacho judicial, as chamadas efectuadas pelo arguido Paulo Pedroso. A PT vem agora dizer que enviou, por lapso, o registo de todas as chamadas do cliente Estado, que engloba todos os que têm direito a chamadas pagas pelo erário público. Além de titulares de cargos públicos, devem lá estar assessores, directores-gerais e mesmo secretárias.
Ponto 3: é falso que o o famoso Envelope 9 contenha tais registos.
Ponto 4: a pressa da convocatória de Souto Moura a Belém é não só uma precipitação do Presidente como uma clara manifestação de má consciência de quem sempre se sentiu pouco à vontade com o processo Casa Pia.
Ponto 5: os senhores que venderam a 'história' ao 24 Horas são dois dedicados militantes da destruição do processo de pedofilia, bem acompanhados por outros jornalistas dos chamados jornais de referência.
Ponto 6: como se está a ver, esta máquina destruidora de um processo que atingiu a classe política e associações discretas continua a provovar diversas vítimas, na magistratura, na política e no jornalismo.
Ponto 7: sendo totalmente inaceitável a divulgação de registos telefónicos, importa lembrar que o 24 Horas foi o jornal que publicou elementos da vida privada do procurador encarregue do caso Casa Pia que punham em causa a segurança do mesmo e da sua família.
Ponto 8: o mesmo jornal destacou-se sempre na tentativa de dar voz aos arguidos e silenciar ou injuriar as vítimas.
Ponto 9: o lobby pedófilo na comunicação social, com importantes aliados na política e na magistratura, ainda hoje procura silenciar os que procuraram ser imparciais num processo que notoriamente mexeu com o Estado de direito.
Ponto 10: Seria interessante que a audiência parlamentar de Souto Moura fosse pública e que o procurador-geral da República abrisse o livro sobre um processo que mostra bem a que estado chegou este sítio católico, hipócrita e cada vez mais miserável sob todos os pontos de vista.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Escutem

Porque será que anda tanta gente tão nervosa e cheia de vontade de ver Souto Moura pelas costas? Porque será? Porque será que querem lá pôr, antes da posse do novo Presidente, um homem da confiança da rapaziada que neste momento domina o poder? O que é que andará por aí que os incomoda tanto? Porque razão andam tão cheios de medo, a fingir que estão indignados? Afinal de contas o mandato de Souto Moura acaba já no final do ano. Hum...escutem, aqui há gato e é dos grandes.

Sondagens

Cavaco perdeu cinco pontos percentuais em cinco dias de sondagens do DN e TSF. Alegre e Soares andam aos saltinhos mas não saem da casa dos 14 pontos. Aqui vai uma previsão. Como faltam sete sondagens, na sexta-feira dia 20 o DN poderá perfeitamente afirmar que haverá uma segunda volta. E que o seu adversário será Mário Soares, que na próxima semana iniciará uma recuperação sensacional, passa Alegre e obriga Cavaco à negra. No dia 22 será altura para analisar isto tudo e muito mais.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Excelente

Os professores passam a ser colocados nas escolas por um período mínimo de três anos. Acabaram-se os concursos anuais, uma cegada terceiro-mundista inventada por sindicatos e tolerada por ministros e governos medrosos. Mas com Maria de Lurdes Rodrigues na 5 de Outubro o baile não continua. Nota máxima para a ministra.

Estratégias inteligentes

Quatro jornais ingleses baixaram os preços de capa. Isto num país com elevadíssimos índices de leitura, mas que regista quebras nas vendas há anos. As empresas não param: mexeram nos formatos, algo impensável até há pouco tempo, e agora reduziram os preços. Em Portugal, um sítio com miseráveis índices de leitura, com quebras acentuadas nas vendas, os jornais aumentam os preços de capa. Extraordinária estratégia, gente inteligente. E o baile continua.

Cavaco golden share

O candidato de centro-esquerda Cavaco defende a manutenção das golden share a todo o custo. Cavaco é pelo Estado, sempre pelo Estado. Em tudo. Nos negócios, na vida, em tudo. É por isso que não admira a votação que Cavaco poderá ter no dia 22. O povo que votou Sócrates em Fevereiro identifica-se totalmente com Cavaco. É o povo de esquerda. Do centro-esquerda e da esquerda. Igual ao da direita centrista e do centro-direita. Este povo sabe que o sítio está falido mas insiste. E acredita em milagres. Pensa que é esperto e que pode enganar sempre os que dão milhões há mais de vinte anos. Ainda sonha com as especiarias, o ouro e as notas de Bruxelas. Quando isto acabar das duas uma: ou vira-se para Fátima ou enforca os políticos.

O romance eléctrico

A coisa ainda está a dar. O Conselho Superior da EDP, o Mexia, a Iberdrola, o Pina, o Espírito Santo, o Teixeira Pinto, o Almeida, o Pinho, o Penedos enganado, enfim, os suspeitos do costume. Os falsos privados, os ministros, os deputados, os gestores do centrão, os especialistas da treta, a conversa da treta. Os espanhóis de um lado, os espanhóis do outro, ai ai que isto é um sector estratégico, o consumidor/cliente que se lixe, nunca mais há concorrência a sério. Os preços sobem para uns, baixam para outros à custa dos mexilhões e o baile continua. O sector é estratégico, logo os negócios são públicos, com os privados a fingir que o são e os políticos a garantir o seu interesse estratégico. Esquerda, direita, centros disto e daquilo, importa é que o Estado lá esteja. São náufragos agarrados à tábua. Se um cai caem todos. A esperança é o mercado, a concorrência e a globalização. Que mais tarde ou mais cedo irá varrer estes videirinhos da massa. A uma velocidade transcendente. Com uma energia igual ao produto da massa pelo quadrado da velocidade. Imaginem como estas almas irão depressa para o Diabo que as carregue.

Excelente ideia

Alegre recria hoje em Chaves a passagem a salto para o exílio. Uma excelente ideia, que poderia ser sublime se os outros candidatos, sem excepção, seguissem o seu exemplo. O sítio ficava livre de seis personagens protagonistas de uma campanha miserável, sem discussão e sem ideias - a culpa, note-se, não é só deles, é também dos queridos jornalistas, muitas vezes imbecis, ignorantes ou tão primários nos seus ódios e amores - e entrava desde já em reflexão. No dia 22, sem ruído de fundo, iria votar calmamente. Sem esperança. Sem entusiasmo. Todos, ou quase todos, sabem que isto está mais do que falido. Económica e politicamente. O resto é conversa fiada. O faz-de-conta. Para entreter o pagode.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Ainda há médicos

Um cidadão-jornalista residente no Porto foi aconselhado pelo seu médico a mudar-se para Lisboa. Por meras razões de saúde. Um caso extraordinário de um clínico que soube fazer o diagnóstico sem usar imensos exames, análises e outros meios auxiliares. E que pode ser um alerta para os cidadãos do Porto e uma explicação para a queda da antigamente chamada capital do trabalho em todos os domínios da vida nacional.

Prestígio

O Kadima, partido fundado por Sharon, continua à frente das sondagens em Israel, mesmo com duas ou três hipóteses de liderança. Extraordinário. Que grande homem. Um líder da vida e da paz que nunca se atemorizou com o terror. Mas Israel é grande e o sonho dos que ainda hoje o querem destruir não passa disso mesmo. Um sonho de assassinos que o Ocicente nunca teve coragem de denunciar e muito menos combater. O anti-semitismo não era, nem é, um excluviso dos nazis. A esquerda ocidental concorda e tem a mesma linguagem do terrorismo. Ontem como hoje. E depois ofendem-se imenso quando se dizem estas verdades. Ficam corados, cheios de afrontamentos e até encenam uns desmaios. Pobres virgens.

Então não perguntam?

Que raio de jornalistas, ou alegados jornalistas, como agora se diz, que não perguntam aos candidatos presidenciais a sua opinião sobre Sharon e o seu papel para a paz no Médio oriente. Que raio de jornalistas, ou alegados jornalistas, como é moda dizer a propósito de bombistas e terroristas, que não perguntam a Soares, Alegre, Cavaco, Louçã, Jerónimo e Garcia o que pensam das declarações do presidente do Irão e, já agora, dos terroristas do Hamas sobre a doença de Sharon e as consequências para a paz no Médio Oriente do seu afastamente da vida política. Que pobreza. Que desgraça. Que miséria.

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Sharon

Por Israel, pela paz, pelo Médio Oriente importa que Sharon recupere. O terror e a morte espreitam. Israel e os seus cidadãos não merecem tamanha tragédia. Já basta o que basta.

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Soares e os media

As acusações de Mário Soares a certos grupos de comunicaçao social são, no mínimo, obscenas. Devia ter vergonha na cara. Mas como hoje estou a pensar num grande jornalista que nunca escondeu ser socialista o melhor é esquecer as afirmações de um desesperado que já percebeu o buraco em que se meteu. Com o PS a cavar a cova. Alegremente.

Cáceres Monteiro

Pois é. Deixaste-nos aos 57 anos. Conhecia-te há mais de vinte. Sabe-se lá porquê sempre nos demos bem. A última vez que te vi foi na Avenida da Liberdade. Estavas a lutar. A penúltima foi no Jardim da Cerveja, no jantar da malta que adorou estar no Iraque em 2003. Grande jantar. Malta boa. E tu em grande forma. Sabes que não fui à Basílica da Estrela nem vou hoje ao teu funeral. Não conheço ninguém da tua família. Sabes como é. Feitios. Mas olha, querido amigo: até logo.

terça-feira, janeiro 03, 2006

Choques

Durão tinha o choque fiscal, Sócrates tem o tecnológico. O macaquinho de imitação Francisco Anacleto Torquemada Louçã quer o social. Está bem. Há lugar para todos. Mais um menos um, este sítio continua mesmo muito mal frequentado.

São tão queridos

São mesmo todos iguais. De Louçã a Sampaio, passando por Cavaco e Soares. Ai a EDP, ai o papão, ai que vêm aí os espanhóis. Ai que a eléctrica tem de ser portuguesa. Ai que horror, custe o que custar, faça o que fizer aquilo é nosso, salvo seja, e de mais ninguém. Só dá para rir, de tão patético. E enquanto estas almas patrioteiras se sentam à volta dos tachos, a globalização, felizmente, não pára à espera dos planos do Pinho, dos gemidos de Sampaio e do nacionalismo bacoco de Cavaco. A propósito: é verdade que a Autoridade de Concorrência espanhola chumbou a OPA da Gas Natural sobre a Endesa. Mas também é verdade que a entidade reguladora do sector já a tinha aprovado e o Governo de Zapatero tem agora a palavra final. Que é claramente a favor da OPA. Por cá fazem-se planos, planos, planos. Por lá avança-se com negócios e estratégias capazes de assegurar o futuro das empresas no mercado eléctrico europeu.

Lá vai mais um

Mega Ferreira vai para o CCB. Depois de Expo e outras coisas é caso para dizer: acabaram-se os problemas orçamentais. O CCB vai nadar em dinheiro e muitos negócios vão florir à sombra daquelas paredes. Até porque é preciso pagar a colecção do Joe.