quarta-feira, novembro 30, 2005

Não há?

Cavaco Silva, o candidato do chamado centro-direita que eu sempre pensei ser do centro-esquerda e que é apoiado por quase toda a direita, mesmo a que se diz liberal, afirma que já não existem muitas empresas públicas para privatizar. Não há, senhor professor? Quer uma lista? Olhe que são muitas e que andam ao longo dos anos a perder valor estratégico e financeiro e a deixarem-se ultrapassar por empresas espanholas dos respectivos sectores apenas pelo facto do Estado continuar a ser seu accionista. Quer exemplos? Veja a EDP. Mas há mais. Muitas mais. É verade que o senhor detesta a corrupção. Mas sabe, com certeza, que a corrupção não pára de aumentar porque o Estado não sai dos negócios. E sabe, com certeza, que as privatizações efectuadas pelos seus governos não foram um grande exemplo de transparência e de obedecerem às regras do mercado. E, por causa disso, muito se falou sobre riquezas enormes e outros milagres que vieram beneficiar imensa gente da política e dos que passam a vida a parasitar a política e os tais políticos.

Homossexuais

Como não pertenço à Igreja Católica não me devo pronunciar sobre a mais recente polémica levantada pela decisão do Papa de impedir o sacerdócio a homossexuais. Mas, como cidadão, há uma pergunta que tenho de fazer aos membros da Igreja: então os padres não fazem voto de castidade? Basta este compromisso para os impedir de ter relações sexuais. Homo ou hetero. Não é isto verdade? Ou o tal voto de castidade era só para relações com mulheres?

Plágio?

O ministro remodelável da Economia, o Pinho energético, mais o presidente da Galp vieram mostrar ao povo a sua indignação pelo facto da ENI ter apresentado publicamente a sua estratégia para a empresa que, de acordo com aqueles dois senhores, é uma cópia integral dos planos da Galp. Ó meus ricos senhores: só pode, não é? Então a ENI não tem 33 por cento do capital da empresa e, como tal, comanda os destinos da Galp? Haverá alguma decisão que não passe pelos italianos? Claro que não. Estes cérebros são, de facto, o máximo.

E agora?

Shimon Peres aceitou integrar o novo partido de Ariel Sharon. Isto é, o Prémio Nobel da Paz é o número dois do partido de um grande senhor que a esquerda europeia e não só caluniou ano a fio. O Estado do Sítio aguarda cheio de curiosidade os comentários da rapaziada.

terça-feira, novembro 29, 2005

Pobre Judite

A entrevista(?) de Judite de Sousa ao candidato presidencial Manuel Alegre foi uma vergonha para a jornalista Judite de Sousa e mais um sinal de que o serviço público de televisão, vulgo RTP, devia ser extinto a bem da transparência da informação e da utilização correcta dos dinheiros dos contribuintes. A bem da verdade, Judite de Sousa não foi, pelo menos em 20 minutos de uma entrevista (?) que demorou 32, uma jornalista. Foi, acima de tudo, uma delegada do Ministério Público da esquerda, de Soares, do PS e, claro, do Governo de Sócrates. À frente dela, magistrada acusadora - aliás, a própria deixou fugir-lhe a boca para a verdade quando a dado passo afirmou ser a primeira vez que estava a interrogar Alegre sobre a polémica presidencial no interior do PS - não estava um cidadão legitimamente candidato presidencial mas sim um arguido suspeito de ter dividido o PS, a esquerda e de estar a contribuir para a vitória de Cavaco à primeira volta. E, crime lesa-Pátria, de afrontar Soares. E, interrogava Judite, quase a condenar Alegre à fogueira, porque razão não desistia a favor do candidato oficial do PS? Melhor, isto é, pior, não seria imaginável. Se as perguntas, ou melhor, o interrogatório tivesse sido produzido na campanha de Soares não seria, de certo, melhor. Mas o tiro saiu pela culatra.
Manuel Alegre, concorde-se ou não com as suas ideias, aguentou o embate da delegada do Ministério Público com grande dignidade e sabedoria, deixando a senhora magistrada à beira de um ataque de nervos. E, por motu próprio , ainda conseguiu falar da Ota, contestou a 'cooperação estratégica' de Cavaco e desmontou as últimas ofensivas de Judite sobre as suas relações pessoais e políticas com Sócrates e Soares.
Em resumo, Alegre mostrou que é um candidato que pode ser Presidente, Judite mostrou que devia ter vergonha de ser jornalista e a RTP de existir como serviço público.

Arrependidos

Mário Soares penso que se foi muito longe no domínimo das privatizações. Já era de esperar este arrependimento. O próximo passo está à vista: defender a nacionalização do que ainda não está nacionalizado nos chamados sectores estratégicos da economia. E pagar muitos milhões aos privados que andam por lá. Ainda se lembram da Petrocontrol?

Chover no molhado

Desta vez foi Steve Forbes que veio aconselhar os indígenas a baixarem os impostos e a adoptarem uma taxa única. Pois. A rapaziada não vai nisso. Isto assim vai bem, obrigado. E depois ainda há muitos negócios que só se fazem com a mãozinha dos políticos. Mercado? Concorrência? Estado fora dos negócios? Menos Estado, menos burocracia, mais eficácia? Eles falam, falam, falam...Obrigado Steve, mas é como atirar pérolas a porcos, com licença aos ditos.

Os últimos

Ora aí está o sítio no seu melhor. De acordo com a OCDE o crescimento em 2006 vai ser uma miséria e o pior dos 30 países da organização. Finalmente chegámos ao fundo. Viva o Bloco Central, o Estado social e as estratégias económicas socialistas e sociais-democratas destes 30 anos.

Que grande metro

A linha amarela do metro de Lisboa foi mais uma desbunda, de acordo com o Tribunal de Contas. Mais uma. No fundo, é só mais uma. O Lino não se pronuncia, gosta mais de debitar sobre o outro metro, o do Porto, talvez para incomodar os sociais-democratas e promover alguns socialistas desamparados. A desbunda é grande, mas é o costume. Com certeza que muita gente ganhou com a desbunda. À esquerda, ao centro e à direita. É a chamada desbunda democrática.

O pensamento lusitano

José Penedos, que há anos é socialista e presidente da REN, saltou a terreiro indignado com as últimas propostas da ENI para a Galp. Para Penedos são ofensas ao Estado, ao Governo, sabe-se lá a quem. E exigiu, do alto dos seus tacões, o direito lusitano a ter um pensamento sobre energia. Pois claro. Há anos que não faltam pensamentos, modelos, estratégias e, sobretudo, tachos e tachões na energia. O que falta verdadeiramente é o Bloco Central largar a empresa, entregá-la a privados, nacionais ou estrangeiros, e deixar que sejam eles a tomar as decisões.

A parvoíce europeia

Agora vem a União Europeia ameaçar os Estados que aceitam ter turras engavetados nos seus países. Chamam-lhes prisões clandestinas. Clandestinas? Mas os idiotas pensavam que assassinos daqueles estariam presos onde? Numa prisão qualquer, pública, para andarem lá a fazer manifestações folclóricas e a exigir a sua libertação? Era o que queriam, pois claro. Queriam...Agora a União Europeia deveria era estar calada e preocupar-se com os seus escândalos, como a PAC, que condena centenas de países e milhões de pessoas à pobreza.

O avião

Mais um dia de disparates e de propaganda terrorista. Desta vez andaram atrás de um que estava na Terceira. E os pacóvios do Estado lá foram, subservientes aos amigos dos turras, fazer uma busca ao avião. Que já levantou voo. Sem nada, claro. Mas a história continua. Ridícula, patética, mas continua.

A claque do Lino

O espantoso ministro Lino, que Sócrates foi escolher ao baú dos ex-comunistas, foi ontem ao Prós e Contras da estouvada Fátima. Pois bem. O mais espantoso não foi defender a Ota. O mais espantoso não foi mostrar que a Ota não faz qualquer sentido. O mais espantoso não foi revelar que, como amplamente se desconfiava, a Ota é um portentoso negócio para os senhores que ganham dinheiro com este pobre sítio há 30 anos, deixando-o cada vez mais desgraçado. O mais espantoso, isso sim, com a conivência do serviço público de televisão, foi ter levado uma imensa claque que o aplaudia freneticamente sempre que abria a boca. Não se sabe é se o casting foi feito pelo ministério do Lino ou se pela própria RTP. A desbunda já não tem limites.

segunda-feira, novembro 28, 2005

Diz que diz

Marcelo acha que na história das mentiras entre Sócrates e Alegre todos têm razão. Pois é, senhor professor. É como na outra história, entre o professor Marcelo e Paes do Amaral. Quem falou verdade? Nesse caso, como se lembram, a vítima e o herói foi Marcelo, com audiências em Belém, sessões patéticas na Alta Autoridade e outras cenas mais. O vilão foi o patrão da Media Capital. Nesse como neste caso as conversas foram a dois. Naturalmente sem testemunhas. Se Alegre e Sócrates estão ambos a falar verdade, como diz o comentador, Marcelo e Paes do Amaral estariam igualmente a falar verdade? Ou o vilão da história do ano passado terá sido outro, numa encenação bem montada perante inábeis e mendecaptos adversários políticos?

Sondagens

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou ontem à noite que uma sondagem do DN dava 57 % a Cavaco Silva. Dava? Ninguém deu por isso. A realidade foi bem diferente. E seria mais do que natural que Marcelo, um crítico ácido, tivesse analisado não só a manchete como a forma de apresentação da referida sondagem ou barómetro. Mas não. Passou ao de leve, como cão em vinha dizimada.

Pobres coitados

Pois é. O Governo socialista de Zapatero vai acabar com as golden shares na Iberia, Endesa, Repsol e Telefonica. Claro que a economia espanhola está a crescer 3,5 por cento e os espanhóis, coitados, têm uma qualidade de vida que os indígenas deste sítio só em sonhos alcançarão. Mas como é óbvio, os espanhóis, coitados, não aprendem nada com os grandes especialistas do lado de cá da fronteira, dos grandes estrategas dos centros de decisão nacionais, dos planos disto e daquilo. Claro que os pobres coitados não ouvem os avisos sábios dos Linos cá do sítio que anunciam um reforço da posição do Estado na Portugal Telecom. Claro que os espertos cá da terra falam em Planos Tecnológicos, bandas largas e outras coisas mais mas esquecem-se do fundamental: criar condições para que a concorrência funcione a sério nos sectores tecnológicos, separar as redes de cabo e cobre e impedir que o monopólio continue a condicionar o mercado. Isto não se faz. Como será possível que os vizinhos espanhóis não ouçam os cuidados avisos dos seus camaradas do lado de cá e continuem a cometer tantos erros económicos. Por amor de Deus, como é possível terem desprezado tantos sábios que levaram este sítio ao estado lamentável a que isto chegou. Talvez a solução passe pela exportação massiva destes cérebros para Espanha e a importação dos malandros que estão a pôr a Espanha a anos-luz deste sítio. Matavam-se muitos coelhos com uma só cajadada.

sábado, novembro 26, 2005

Que grande chatice

Afinal o Boeing da CIA que o JN afirmava com evidente excitação ter estado no Aeroporto Sá Carneiro cheio de terroristas amigos da rapaziada de esquerda estava vazio. Querem ver que o jornal ainda vai descobrir que foram assistir a um espectáculo na Casa da Música e jantaram na Ribeira? Mas isto não se faz a esta malta. Andam tão satisfeitos a descobrir aviões e sai-lhes tudo pela culatra. Como diz o José Mateus no Claro podiam ir até Madrid falar com os familiares das vítimas do 11 de Março e dos atentados terroristas da ETA e deixarem-nos em paz.

sexta-feira, novembro 25, 2005

Grandes tretas

Depois de se lerem e ouvirem as notícias sobre os terríveis aviões da CIA que andam nos céus deste mundo, provavelmente pela calada da noite, cheios de agentes secretos, com óculos escuros e gabardinas a rigor, resta uma pergunta para tanto jornalista-investigador: então os aviões são fretados pela CIA, levam terroristas mas não se pode provar nada porque estão registados como voos comerciais? Devem estar a brincar ou simplesmente a fazer propaganda barata. Então e se os senhores começarem a escrever que fulanos e beltranos são pedófilos e disserem que não se pode provar nada porque não há testemunhas nem provas materiais dos actos? E se começarem a dizer que beltranos e fulanos são claramente corruptos mas não conseguem provar os seus actos? Vá lá. Não sejam assim. A propaganda e as mentiras, às vezes, até se transformam em verdades. Mas têm de ser feitas por verdadeiros profissionais das ditas. E não por pobres escribas que emprenham sempre pelo ouvido esquerdo.

Grande treta

Depois de ser ler Pedro Magalhães no Margens de Erro fica-se com uma ideia mais clara da enorme treta do barómetro de ontem publicado no DN. E que o próprio responsável da Marktest já veio contestar publicamente, nomeadamente a forma como o jornal o apresentou aos seus leitores. Significativo.

quinta-feira, novembro 24, 2005

Mais tretas

Soares não descola nas sondagens mas não poupa Alegre e deixa Sócrates cada vez mais enrolado nas suas tretas. Em entrevista à RR, Soares garante que Sócrates o convidou para ser candidato e que pediu um mês para dar a resposta. Segundo Alegre, Sócrates disse-lhe que tinha um grande problema para resolver: Soares tinha-se oferecido para ser candidato. Estamos verdadeiramente no sítio das tretas. E, obviamente, muito mal frequentado. Quando estes senhores não conseguem falar verdade sobre a mercearia presidencial, imagine-se o que se passa em domínios fundamentais para a vidinha da gente.

O tretas

O presidente do Supremo Tribunal de Justiça acusou o Governo de mentir sobre os juizes. Começa a ser muita mentira em tão pouco tempo e para tão fraca gente. O Pai Natal de Sócrates será um enorme nariz à Pinóquio. O homem era conhecido como animal feroz. Pode passar a ser o tretas. Tretas nos impostos que não aumentam e aumentam, tretas nas presidenciais e tretas na justiça. Para não falar nas tretas da Ota, do TGV e dos choques.

Sondagens

Nestes dois meses que faltam para as presidenciais interessa olhar com muita atenção para as sondagens publicadas no DN e no Público. O primeiro diz hoje que Cavaco está cada vez mais longe de ganhar na primeira volta. O Público dá-lhe 57 por cento. No primeiro caso trata-se da Marktest, no segundo da Universidade Católica.

Mentiras

Na Quadratura do Círculo nem mesmo o fiel Jorge Coelho conseguiu limpar a face de Sócrates na história da mentira sobre a candidatura presidencial do PS. Agora, praticamente sem margem para dúvidas, já se sabe quem é quem no romance socialista.

Cadilhe I

Não é que aprecie muito o personagem, mas a verdade é que a entrevista à Visão de Miguel Cadilhe é mesmo muito interessante. Veja-se: 'A minha proposta é radical, de vontade política e de calendário. Não acredito em pequenos programas de reformas segmentadas. Isto só vai lá com uma redução de todo o funcionamento corrente da Estado/Administração Pública'.
E isto quer dizer o quê?
'Que tem de olhar para todos os serviços da Administração Pública, desde a local à central e reduzir severamente - um quarto ou um terço da actual escala produtiva do Estado. Que é pouco produtiva. Para reduzir temos de convidar os funcionários públicos a rescindir. Tem de haver um regime especial de rescisão amigável e temos de pagar indemnizações condignas porque devem ser bem tratados'.

Choque

Pinho foi afastado do choque tecnológico. E muito chamuscado. Para se dedicar um pouco mais à energia antes de ser removido.

Vá lá

O Governo não vai abrir nenhum inquérito à ridícula história dos aviões da CIA que os do costume atiraram para ar. Vá lá, o bom senso desta vez imperou. E os pacifistas vão agora apanhar os foguetes da festa que tentaram fazer. Como sempre.

Os aviões da CIA

A rapaziada anda verdadeiramente excitada com as histórias dos aviões da CIA que alegadamente, palavra-chave da esquerdalhada que escreve na comunicação social, transportam terroristas de um lado para outro. Esta rapaziada, que há uns anos chorava de emoção com o KGB e ainda hoje se emociona com os dircursos de Fidel, é a mesma que adorava a Albânia, a China de Mao e a URSS de Brejenev. É a mesma que aplaudia os mísseis nucleares soviéticos e fazia acampamentos à frente das bases militares britânicas ou americanas. É a rapaziada que era paga com rublos para alimentar o pacifismo europeu. Agora adoram os terroristas, defendem os seus (?) direitos humanos e andam a vasculhar a movimentação de aviões que, supostamente, levam esses assassinos para lugares seguros. Ontem como hoje os inimigos da liberdade não desistem de combater a liberdade. Hoje sob o manto diáfano do pacifismo. Mas são os mesmos. A moeda de pagamento é que mudou. Em vez dos rublos servem os euros ou os dólares. Ou mesmo a libra. Mas não deixam de ser bandidos. Iguais ou piores do que os assassinos que matam inocentes.

terça-feira, novembro 22, 2005

O senhor Sharon

Ao contrário do que dizia há dias um senhor jornalista na RTPN, Sharon não precisa do Roteiro da Paz para ser uma figura indispensável na história de Israel. Venceu os inimigos de Israel e dos judeus em várias guerras, conseguiu reduzir ao mínimo a acção dos terroristas palestinianos e teve ainda o supremo mérito de ter limitado à ínfima expressão a actividade criminosa de Arafat. Ariel Sharon resistiu a tudo e a todos e prepara-se agora, com um novo partido, para ser mais uma vez o garante da segurança de um Estado democrático, judeu, desenvolvido, feito nas areias do deserto e que continua a ser uma enorme espinha cravada na garganta de muitos 'democratas' europeus. Que tentam disfarçar o seu anti-semitismo com o apoio aos palestinianos, em particular aos terroristas.

Quem mente?

Desta vez não há uma terceira alternativa. Sócrates ou Alegre, um deles mente sobre a história lamentável da candidatura presidencial do PS. O que é triste. Ter um putativo inquilino de Belém e um primeiro-ministro suspeitos de serem mentirosos é bem o sinal da desgraça a que isto chegou. O bordel não é a excepção. É a regra.

O grande festim

Afinal não eram necessários mais estudos. A Ota aí está como um facto consumado. O grande negócio aí está. O festim já começou. São muitos milhões sem concorrência que estão à mão de semear. E garantidos. Não vale a pena falar nas capacidades da Portela, nas insuficiências da nova localização, nos prejuízos para o turismo, nas infraestruturas fundamentais para os utentes chegarem e partirem do novo aeroporto. Isto tudo cheira muito mal. Parece que o Governo 'comprou' com a Ota o silêncio de muita gente que já começou a ganhar muito dinheiro com o novo aeroporto. Infelizmente, o fartar vilanagem é a regra de ouro do sítio. E começam a surgir propostas extraordinárias e promessas mendecaptas. Uns defendem a introdução imediata de uma taxa de 8 euros para os passageiros da Portela, outros, como Sócrates, dizem que a Ota vai concorrer com Barajas. Neste lugar muito mal frequentado e mal cheiroso a vergonha não existe, a dignidade já morreu e a verdade vende-se ao desbarato em troca de uma mentira sem pés nem cabeça. Está tudo a saldo, é o vale tudo. Na política, nos negócios, na justiça e na educação. Basicamente, vivemos na mentira. E isto, este sítio, é cada vez mais uma enorme farsa. Para além de ser uma enorme choldra.

Que vergonha

Maria de Jesus Barroso, essa mesmo, mulher do candidato Soares, tem a ousadia de dizer que 'entendemos' os crimes nazis. Minha senhora: entender o Holocausto? Nunca. Se a senhora, como o seu marido, quer entender o terrorismo e dialogar com os terroristas o problema é exclusivamente seu. Mas deixe-nos definitivamente em paz com essa do entendemos. É uma vergonha.

Freitas, quem seria?

O senhor que está nos Negócios Estrangeiros não perde uma para mostrar a sua oposição aos EUA, ao Reino Unido e aos que andam a lutar contra o terrorismo. O senhor, que defende o aeroporto da Ota para proteger os doentes de Santa Maria do ruído dos aviões , bizarro argumento na floresta de enganos das obras megalómanas do Governo socialista, entende que Londres nada fez para resolver o impasse em que se encontra o orçamento comunitário e outras matérias relevantes da política europeia. Um ser insignificante em política externa, patético na interna, ainda não se viu ao espelho para descobrir o ridículo. É uma tarefa difícil, dolorosa, mas urge que alguém lhe ofereça um objecto daqueles quante antes. Mesmo que o homem, na sua paranóia, encontre de novo a bruxa que lhe anda a ensombrar o destino. E nos faça pagar a fuga da Branca de Neve para os braços do Príncipe encantado. E que tal arranjar-lhe por aí uma brigada de Sete Anões? Podem ser americanos. Ou ingleses.

A loiça de Alegre

Assim sim. Manuel Alegre partiu a loiça na entrevista à RR. Contou tudo. De Guterres a Vitorino até ao convite da direcção do PS para avançar na candidatura presidencial. Bem, depois apareceu o tubarão, dos que comem tudo e não deixam nada, e Alegre foi atirado para o caixote do lixo. Mas Alegre reagiu, avançou na corrida e está a pôr Soares à beira de um ataque de ordinarice. À beira é uma forma de falar. Soares já baixou o nível do debate e só se espera que os jornalistas-moderadores dos debates estejam à altura do acontecimento e não tentem enganar os tolos dos eleitores com papas e bolos.

Quem te avisa...

O estranho governo da senhora Merkel decidiu reduzir a 50 por cento o subsídio de Natal dos funcionários públicos e pensionistas. E isto passa-se na Alemanha. Neste sítio cada vez mais mal frequentado o natural era acabar-se com o 13 º mês. A não ser que o Zapatero o pagasse.

domingo, novembro 20, 2005

Leituras de domingo

Vasco Pulido Valente e António Barreto no Público. E já agora preparem a bolsa e comprem o livro de Maria Filomena Mónica. Explosivo.

sábado, novembro 19, 2005

Sinal de esperança

A cimeira luso-espanhola de Évora aprovou a criação de um centro de excelência em Braga, dirigido por um espanhol, no qual irão trabalhar cerca 200 cientistas lusos e espanhóis. É uma excelente notícia. Pode ser que a experiência se alargue e que dentro de pouco tempo sejam criados outros centros em outras universidades lusas dirigidos por espanhóis. Assim seria possível que o sítio começasse a ter licenciados qualificados em diversas áreas e saisse definitivamente da mediocridade. Podia-se, já agora, alargar a experiência ao ensino secundário, ao básico e mesmo ao pré-escolar. Com a introdução obrigatória do castelhano no 1º ano do básico, claro está. A luz, por este caminho, já se poderia ver ao fundo do túnel.

TGV 2013

Vá lá. Agora já só se fala no TGV Lisboa-Madrid para 2013 e deixaram-se cair as outras linhas, isto é, Lisboa-Porto, Porto-Vigo, Aveiro-Salamanca e Faro-Huelva. Enfim, está de acordo com o estado do sítio. Mas sempre há uma hipótese salvadora: entregar a construção dessas linhas aos espanhóis, que assim poderiam receber os fundos europeus, e dar uma concessão de 100 anos à Renfe para explorar essas linhas. Para as construtoras nacionais não ficarem a chuchar no dedo, sempre se poderia acordar com Madrid a participação de algumas delas nos consórcios construtores. Como a Somague, por exemplo.

As alunas de Gaia

Vão ao Glória Fácil e vejam o que Fernanda Câncio escreveu sobre um 'artigo' de um senhor a propósito de duas adolescentes lésbicas. Grande Fernanda. Nem sempre concordo contigo. Mas respeito sempre a tua coerência e inteligência. E os mitos, cara Fernanda, são o que são. Pobres diabos. Cheios de dúvidas e complexos. Sabe-se lá do quê.

Vasco outra vez

Não percam, por favor, o artigo de Vasco Pulido Valente no Público de sexta-feira.

O Fiel Jardineiro

É um filme que vale a pena ver. Se quiserem um conselho vão ao Londres. É simpático, cómodo e com excelentes serviços de apoio. Desde já declaro que não tenho qualquer interesse pessoal na matéria. Simplesmente odeio centros comerciais e as salas fast food. Ah, não há pipocas.

A senhora ministra

Sempre fui um adepto de Maria de Lurdes Rodrigues. É uma grande senhora e uma grande ministra. Sempre escrevi isto. No DN e agora neste blogue. Se os lobbies instalados na Educação, no PS, no PSD e no Governo não a liquidarem é legítimo ter esperança. A greve de hoje dos senhores professores e a manifestação habitual até à 5 de Outubro são dois pregos mais no caixão dos responsáveis pelo estado miserável a que chegou a Educação neste sítio. Já o disse e repito. Mesmo que o PSD volte ao poder, sozinho ou acompanhado, Maria de Lurdes Rodrigues deveria continuar na Educação. Esta senhora é um exemplo de serviço público, inteligência e coragem. Não lhe doam as mãos.

Ainda Correia de Campos

O ministro da Saúde devia pensar dez vezes antes de abrir a boca. Mas numa coisa tem razão. Ao longo destes anos de democracia os governos do PS e do PSD, sozinhos ou em coligação, criaram uma enorme carapaça jurídica à medida dos sindicatos que urge destruir. Importa agora, que o PS tem maioria absoluta pela primeira vez, destruir essa carapaça. Por isso esperam-se nos próximos tempos iniciativas legislativas de Correia de Campos nesse sentido, contra lobbies e marés. Isto é, médicos, enfermeiros, autarcas, deputados e ministros, quiçá o próprio primeiro-ministro. E talvez mesmo o senhor Presidente da República.

Os amigos dos terroristas

Os suspeitos do costume andam muito preocupados com a passagem de aviões da CIA por aeroportos nacionais. Como é natural, os criminosos que matam barbaramente civis têm de ser interrogados e sujeitos a um tratamento diferente de um banal ladrão de padarias. E os países responsáveis têm necessariamente de usar mecanismos de excepção para afastar da circulação bandidos que matam centenas e milhares de pessoas em qualquer parte do mundo, de Nova Iorque a Londres, passando por Madrid, Bali, Telavive, Jerusalém, Tunes ou Jacarta. Um cidadão que não justifica nem compreende o terrorismo ficaria satisfeito por saber que a CIA ou outro serviço secreto qualquer tem esses bandidos presos em lugares de alta segurança. Mas os suspeitos do costume, os que justificam e no íntimo até rejubilam com as carnificinas, estão a fazer mais uma vez o jogo dos assassinos quando lançam gritos de indignação pelo facto de aviões da CIA terem efectuado escalas técnicas em Espanha, Portugal, Noruega ou Suécia. Num mundo normal, sem estes aliados objectivos dos bandidos, o assunto seria tratado com normalidade e até com enorme satisfação. De facto, bandidos presos a bordos de aviões no aeroporto Sá Carneiro ou na Portela não me incomodam minimamente. O pior seria se esses criminosos andassem por aí à solta a tentar matar inocentes. Mas a cegueira, sem ensaios, é uma doença contagiosa, melhor, uma pandemia que atingiu em força esta Velha Europa e uma parte dos EUA. Os habituais defensores dos direitos humanos, que os esqueceram anos a fio na ex-URSS e ainda os esquecem na Cuba de Fidel, estão agora muito preocupados com os direitos dos bárbaros que tentam liquidar os ditos dos cidadãos deste mundo. No fundo, são, objectivamente, a quinta coluna do terrorismo. Quer queiram, quer não.

quinta-feira, novembro 17, 2005

Vergonha de ministro

Correia de Campos afirmou ontem na SIC que o Hospital dos Capuchos tinha 59 oftalmologistas e mesmo assim havia listas de espera. 'Uma vergonha nacional', comentou Sua Excelência. Hoje foi formalmente desmentido. Resposta do titular da Saúde: 'Enganei-me nos números e no hospital'. E pronto. Uma vergonha de ministro que ainda não foi demitido.

Choque dá choque

José Tavares demitiu-se do lugar de coordenador do Plano Tecnológico, vulgo Choque Tecnológico para efeitos de votos. Será preciso esperar pelas presidenciais para o Pinho energético ir dar uma volta à Galp?

Viva Malta

Previsões da Comissão Europeia para o crescimento económico do sítio: 0,8 % em 2006 e 1,2 % em 2007. O último na Zona Euro e o penúltimo dos 25 países da União Europeia. Só Malta lhe fica atrás. Isto promete. Ainda não perceberam que o Centrão dos trinta anos está falido?

Mais parabéns

Rodrigo Adão da Foncesa, do Blasfémias, pediu desculpa à Constança Cunha e Sá. Parabéns.

quarta-feira, novembro 16, 2005

Parabéns

Rui de Albuquerque, do Blasfémias, pediu desculpa à Constança Cunha e Sá. Parabéns.

Muito estranho

Porque será que a comunicação social escrita e falada deixou cair no mais profundo dos silêncios a entrevista de Cavaco Silva? Nem editoriais, nem análises, nem comentários. Falam de tudo e de mais alguma coisa e nada sobre o candidato natural de Loulé. Muito estranho, muito estranho mesmo. Olhem que neste sítio as pessoas ainda não são castigadas por terem opinião. Ainda. A vidinha está difícil, mas vá lá, ao menos disfarcem. Leiam a blogosfera e vejam o debate que vai por aqui.

Mais Estado

A boca tinha sido dada pelo ex-comunista Mário Lino e foi agora confirmada pelo socialista Teixeira dos Santos. Para proteger a PT de ataques vindos do estrangeiro (urrrr), o Governo admite aumentar o seu capital na telefónica. Aqui é assim, anda-se sempre ao contrário do resto do mundo. É por isso que enquanto os outros crescem o sítio afunda-se alegremente.

Patrioteiros

A notícia vem hoje nos jornais. O Pinho energético anda a contactar dirigentes de associações empresariais para virem a terreiro lutar contra os italianos da ENI a propósito da anedota da Galp. Dizemos nós, não os jornais, que esta iniciativa patrioteira já teve imenso eco junto de muitos jornalistas. E isto porque nos últimos dias, a começar pelo Expresso de sábado, começaram a aparecer interessantes notícias sobre os pecados cometidos pela ENI em Portugal e Espanha contra os supostos interesses da Galp. São histórias requentadas, que nada impedem os italianos de exercer o seu direito de opção sobre o capital de petrolífera, mas que mostram como estas campanhas saloias e patrioteiras encontram enorme eco na imprensa. O que os jornais deviam contar, todos os dias, eram as vergonhas dos ministros e gestores nacionais que tiveram e têm este dossier nas mãos há anos. Mas é assim. Este sítio é patrioteiro e muito rafeiro. Ainda não percebeu que a globalização e as leis do mercado estão aí. É por isso, também, que o sítio está como está e, diz Constâncio, não tem capacidade para sair da crise. Só com ajuda externa, talvez da Espanha, quem sabe?

O imbecil

É verdade. O imbecil Amorim já reagiu. No seu estilo miserável, claro. Quem nasce assim nunca muda.

terça-feira, novembro 15, 2005

O nome do verme

O verme do Blasfémias chama-se Carlos Abreu Amorim. A informação é do Rui Costa Pinto, que o deve conhecer minimamente. É uma ajuda importante para limpar este tipo de lixo da blogosfera.

O verme

O verme do Blasfémias que tentou insultar a Constança insiste na ignomínia. Pois bem. Chegou a hora de saber quem é esse imbecil. Dos pés à cabeça. De manhã à noite. Do pequeno-almoço ao jantar. A blogosfera tem uma excelente oportunidade de mostrar que os vermes não ficam impunes. Particularmente neste espaço de liberdade. E de grande responsabilidade.

Novela Galp

Fazem-se apostas em como os italianos da ENI estão a tremer de medo com as ameaças de Sócrates sobre a Galp. E que o modelo Pinho energético cá do sítio vai continuar a ser uma das maiores anedotas dos últimos anos.

PIB baixa para 0,3 %

O PIB vai crescer 0,3 % este ano. A previsão é do insuspeito Banco de Portugal do insuspeito Constâncio. Há uns meses, quando as torres de Tróia vieram a baixo, Sócrates deu pulos de contente pelos resultados sofríveis de um trimestre. Espera-se que agora o senhor primeiro-ministro venha de novo falar dos profetas da desgraça quando a previsão de crescimento baixa de 0,5 para 0,3 por cento.

A ministra

Maria de Lurdes Rodrigues é a primeira ministra da Educação que habita a 5 de Outubro depois de muitos anos de desgraças, reformas, concursos, supostos ministros e outras coisas mais em que o ensino em Portugal era, de facto, comandado pelos sindicatos dos professores. Mais grave do que isso, as 12 mil escolas do básico ao secundário só existiam, até agora, para dar emprego aos professores. Os alunos e as suas famílias eram apenas uns chatos horríveis que, imagine-se, queriam estudar, aprender e preparar o seu futuro profissional. É por isso que todos os anos se assistia à cegada dos concursos, em que 150 mil senhores e senhoras andavam aos saltos de escola para escola. É por isso que agora reagem tão mal quando vão ter de ficar nas escolas 3 ou 4 anos, um factor decisivo para a estabilidade e rendimento escolar, logo combate ao enorme insucesso escolar, e andam para aí a pregar estórias sobre as aulas de substituição e o facto de terem de ficar mais horas nas escolas. Mas como agora a 5 de Outubro deixou de ser o Ministério dos Professores, aí estão as jornadas de luta e as greves. Podem fazê-las, arregimentar os muitos amigos que têm na comunicação social que uma coisa é certa: a opinião pública em geral e as famílias em particular já não engolem as vossas patranhas. E começam a ficar muito mal vistos neste sítio que, aos poucos, vai abrindo os olhos. Devagar, devagarinho, mas vai abrindo. Isto ainda vai lá. Tomara que mais Lurdes Rodrigues andassem por esses ministérios. Sem espinhos nem pinhos.

Constituição

Jerónimo Sousa promete cumprir a Constituição e acusa os outros Presidentes, como Soares e Sampaio, de não o terem feito. Ora aí está uma excelente razão para mandar esta para o lixo e referendar outra que acabe de vez com os disparates socialistas. Todos. Do princípio ao fim. Um texto que coloque Portugal no século XXI.

Constança Cunha e Sá

A jornalista da TVI esteve excelente na entrevista a Cavaco Silva. Teve o mérito de mostrar aos portugueses quem é o Cavaco de 2005. O mesmo de 1985 e 1996. O resto são mitos. A realidade esteve ontem na TVI.

Uma miséria

Acabei de ler um post no Blasfémias. Nunca mais entro neste blog até os seus autores pedirem desculpa à Constança. O que lá está é um nojo, que caracteriza perfeitamente o seu autor: um miserável sem qualificação.

domingo, novembro 13, 2005

FFF

O sítio dos três F está vivo e recomenda-se. A multidão que participou na procissão da Igreja de Fátima aos Restauradores é prova disso. Chuva e frio não afastaram milhares de cidadãos das ruas de Lisboa. A Igreja mostrou que bate, sem muito esforço, qualquer manifestação da CGTP, Partido Comunista, funerais de Estado, tipo Sá Carneiro, Amália e Cunhal, greves da Função Pública e outras coisas mais. O sítio de Fátima, do futebol e do fado está vivo. Salazarento, corrupto, falido, mas vivo.

Sempre a PT

A Comissão Europeia está a analisar a tenebrosa golden share do Estado na PT. E qual é a resposta do comunista e actual socialista ministro Mário Lino? Um reforço da posição do Estado na Portugal Telecom. É um filme de terror. O que vale é que a globalização vai, mais ano menos ano, acabar com estes Mários Linos. Os comunistas e grande parte dos socialistas, incluindo sociais-democratas e muitos centristas tipo Ribeiro e Castro, ainda vivem os tempos do Muro, da Guerra Fria, das fronteiras, do neocolonialismo e do proteccionismo. Uma tristeza que está a arrasar a Velha Europa e a transformar este sítio muito mal frequentado num lugar tenebroso. Como dizia o outro, não se pode exterminá-los?

São estúpidos?

Há coisas que não se percebem. Melhor: percebem-se se os rapazes e raparigas de esquerda e de uma certa direita forem uns iletrados em matemática. Então não percebem que o modelo social europeu faliu? Que a subsídiodependência tem os dias contados? Que a Política Agrícola Comum é obscena? Que o combate à pobreza começa com a liquidação dos escandalosos subsídios aos agricultores europeus e americanos? Que a globalização e o mercado são a esperança dos países pobres e subdesenvolvidos? Que os chamados centros de decisão nacionais são, na maior parte dos casos, verdadeiros centros de incompetência, desperdício e autênticos atentados ao desenvolvimento deste sítio?

Santa Maria

A descoberta é de Freitas do Amaral. O novo aeroporto da Ota é essencial porque os doentes do Hospital de Santa Maria já não suportam o barulho dos aviões. É caso para dizer que mais vale tarde do que nunca. Agora se percebem os custos brutais dos hospitais do Estado e o défice extraordinário do Serviço Nacional de Saúde. Os doentes de Santa Maria custam fortunas porque nunca saem do hospital. Um operado ao apêndice, por exemplo, prolonga a sua estada devido a doenças de ouvidos, graves crises de insónias e perturbações neurológicas graves. É uma descoberta fantástica, depois de muitos anos de estudos e de investigações caríssimas. Bem haja Freitas do Amaral. O senhor é uma luminária. Mas enquanto não fazem a tal Ota não seria possível, com um décimo dos custos, demolir Santa Maria e construirem um hospital moderno nos terrenos do futuro aeroporto? Se a família Soares concordar, claro está.

sábado, novembro 12, 2005

Otários

Uma mão muito amiga fez-me chegar este novo significado para a palavra otários, que urge aparecer nos dicionários tugas: são os que acreditam nas virtualidades da Ota mesmo sem fundamentos técnicos ou estudos financeiros.

Anónimos

Tenho assistido com imensa vontade de rir aos debates sobre os anónimos na blogosfera. E como as novas entidades censoras já se preparam para invadir este espaço, estou à espera que a abelha Maia do sindicato dos jornalistas. sempre em caixa baixa, venha a terreiro propor medidas de controlo. Por acaso esses torquemadas de pacotilha não têm mais nada em que ocupar o tempo livre? Se quiserem umas sugestões estejam à vontade.

quarta-feira, novembro 09, 2005

Direita e esquerda segundo Soares

Mário Soares explicou finalmente ao mundo o que é a esquerda e a direita. Ser de esquerda é querer o bem dos outros. Ser de direita é querer o seu bem e da sua família. Ser egoísta, portanto. Soares tem razão. António Vitorino, José Lamego, Alberto Costa e José Junqueiro deram 12 milhões de euros à Eurominas, logo são todos de esquerda. Socialistas. Obrigado professor. O que seria este mundo sem as suas oportunas lições.

terça-feira, novembro 08, 2005

Todos diferentes, todos iguais

Quando se fala de imigração a esquerda defende a abertura de fronteiras e uma certa direita sonha em fechá-las. Parecem muito diferentes mas no fundo são todos iguais. Porquê? Porque todos pensam que o Estado tem de tomar conta dos imigrantes. Como faz aos cidadãos desta Europa cheia de Estados sociais degradados e falidos. Tomar conta desde a maternidade até ao cemitério. Livra, deixem-nos viver e já agora morrer.

Voltou o diálogo

Mário Soares garante que é capaz de resolver uma crise de banditagem como a que está a varrer a França. Claro, já estávamos esquecidos que o homem resolvia o problema do terrorismo a dialogar com os ditos. Pois é: se Soares estivesse no Eliseu já tinha promovido um piquenique nos jardins do palácio com os bandidos. Talvez os tipos aproveitassem o convite e deitassem fogo ao palácio e aos popós da Presidência. Sempre estavam ocupados e talvez poupassem os bens de cidadãos.

A sério?

O Jumento atira-se a José Manuel Fernandes porque o director do Público criticou o negócio da Compal e a intromissão da Caixa no dito. Segundo o Jumento, foi um negócio entre privados e ninguém tem nada com isso. A sério?Oh diabo! Querem ver que andei distraído e o Sócrates já privatizou a CGD! Só pode ser isso. Caramba, já não era sem tempo.

Marketeiros

Devem ter sido eles, os marketeiros de Soares. Mas sinceramente, andar por aí a pôr cartazes pelas cidades a dizer que Soares se candidata para unir os portugas e porque acredita em Portugal só mesmo para atrasados mentais. Não podem inventar coisa melhor? Ou o candidato não tem nada melhor para nos explicar as razões da loucura?

Pimba na Galp

O ministro Pinho, como muitos outros, tinha um sonho para a Galp. Tinha. O presidente da ENI já o meteu no bolso. Não vende uma só acção e quer lançar a empresa no mercado ibérico. Ainda bem. Pode ser que assim acabe este romance obsceno que já dura há muitos anos. E que o Estado saia de vez do negócio. Só empata e arranjou negócios que, num país a sério, já teriam levado muita gente à barra dos tribunais.

Cristo em Lisboa?

Ó Fátima. O Cristo já anda em Lisboa há muitos anos. Não te lembras do Marcelo quando se candidatou à liderança do PSD. Olha: e se fosses para Roma à espera da votação do sucessor de Bento XVI? Seria uma verdadeira dádiva do Céu.

Prós e Contras e Democracia

A impagável Fátima Campos Ferreira organizou mais um Prós e Contras na RTP sobre evangelização. É claro que imigrantes e integração, o tema da actualidade depois dos incidentes nas terras de Chirac, vieram à baila. Quem eram os convidados? Quatro católicos. Barata Moura, comunista, Maria José Nogueira Pinto, CDS, António Pinto Leite, PSD, e, claro, o Cardeal de Lisboa, D. José Policarpo, do arco democrático. A integração e a imigração ficaram para melhores dias. As minorias, essas, ficaram na mesma. E voltou-se a falar na conversão dos herejes. Isto é, o melhor é converter muçulmanos, judeus e afins. Porque a Igreja Católica é o máximo. Fora os crimes, as inquisições e o atraso a que condenou e condena este sítio salazarento. E nem faltou a caridade. E as freiras na assistência, fardadas a rigor. Estou verdadeiramente enjoado. Por favor, acabem com a televisão pública. É mais um embuste do politicamente correcto. Senhores e senhoras, estou farto. De tanta porcaria. E de tanta beatice. À meia noite e quarenta e cinco minutos o melhor é beber um whisky e tentar sonhar com um sítio melhor do que este que ainda se chama Portugal. É mau demais para ser verdade.

Lembram-se do véu?

A propósito de integração de imigrantes e da selvajaria nos arredores de Paris. Lembram-se da lei do véu? De 2004? Em que as comunidades religiosas foram violentadas em nome de um laicismo xenófobo? Então um cidadão não pode revelar a sua religião? Com respeito pelas outras? Este laicismo gaulês é, além de jacobino, verdadeiramente totalitário. Para não dizer fascista.

Ainda o arrastão

Estará Diana Andringa em Paris? Se não está é uma falha grave de Chirac e Villepin. É que a ex-jornalista conseguiria, com certeza, provar que a selvajaria dos arredores de Paris seria, tão-só, uma maquinação da direita fascista, das forças de repressão e da comunicação social vendida ao grande capital. A imaginação da senhora não tem limites. Como se viu no arrastão de Carcavelos que, afinal, não existiu na cabeça da senhora. A propósito: a militante do Bloco de Esquerda deve estar a liquidar o seu camarada Teixeira Lopes, que se mostrou indignado pelo facto das minorias não terem ainda incendiado Lisboa.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Grupos de jovens?

A selvajaria continua em França. Já se sabe que a República, como diz Chirac, é das mais racistas da Europa. Mas a verdade é que a rapaziada que anda a alvejar polícias, queimar automóveis e edifícios públicos não são grupos de jovens, como a comunicação social politicamente correcta lhes chama. São vândalos, criminosos, que devem ser reprimidos com determinação. Uma coisa são os problemas sociais, de integração, outros são os crime cobardes de bandidos. Os idiotas que têm medo de chamar os bois pelos nomes são os sabujos do costume. Em Paris, no Médio Oriente e em todo o lado em que a civilização se confronta com os bárbaros.

É a economia...

O PIB cresceu 3,5 % de Janeiro a Setembro. Não se assustem.Não foi neste sítio. Foi em Espanha. Ah! A infanta Leonor apareceu pela primeira vez em público. É linda. Haja esperança. Talvez um dia...

domingo, novembro 06, 2005

Leitura recomendada

António Barreto arrasa Soares e Vasco Pulido Valente coloca Alegre no seu lugarzinho. Tudo no Público. Vale a pena ler, meditar e começar a pensar no maldito do voto a 22 de Janeiro.

É domingo...

Televisões do pior, um tempo óptimo e o Chelsea a perder em Manchester. E como o sítio está de novo invadido por Saramago com mais uns tantos lugares comuns de promoção de um livro amigo do ambiente - vá lá, já não é mau ter um amigo - resta o afundamento num sofá e assistir a mais uma futebolada. Uma não. Primeiro vem o Benfica e o Porto é a já a seguir. Uma barrigada para fim de festa.

sábado, novembro 05, 2005

Paris já está a arder

Imperdível a crónica de Clara Ferreira Alves no Diário Digital. É verdade Clara. Paris não é Londres, Nova Iorque ou Berlim. Parabéns, deste mesmo um enorme tiro no porta-aviões do chauvinismo e do racismo.

É mesmo a Europa, estúpidos

Não se pode perder a crónica do João Pereira Coutinho no Expresso sobre o sexo proibido a menores de 18 anos. É uma directiva europeia que está a ser transposta para o direito nacional. Quando for aprovada pelos senhores deputados vai ser criado igualmente o cinto de castidade electrónico e novas prisões para receber os muitos jovens de 21, 22, 23 ou 24 anos que namoram miúdas de 17. O vice-versa também é verdadeiro. Os jovens agora só podem perder a virgindade aos 18 anos mas podem casar aos 16 com um trintão ou uma trintona. Mas percebe-se o alcance da medida. Como vão ser comprados os tais cintos de castidade, construídas mais prisões e os tribunais vão ter mais trabalho lá se conseguem arranjar os empregos prometidos por Sócrates na campanha eleitoral. É verdade. No tempo da longa noite fascista existia algo semelhante. O marmanjo apanhava dois ou três anos de choldra por ofendas à menor mas ficava com a pena suspensa se casasse com a ofendida voluntária. Ia ao registo civil ou à Igreja, tanto fazia, separava-se, não havia divórcio, e continuava a sua vidinha como se nada fosse. A família da ofendida de livre vontade, essa, ficava com a honra lavada. Como se vê a Europa e este sítio estão cada vez mais iguais à tal noite. Atrasados e particularmente estúpidos.

Os sumos estratégicos

A Caixa Geral de Depósitos comprou 80 por cento da Compal ao grupo Mello, em parceria com a Sumolis, para a empresa ficar em mãos nacionais. O preço, para cima dos 400 milhões de euros, foi considerado excessivo por diversos analistas. Mas que importa isso se a Compal fica em mãos nacionais e não vai parar à horrorosa Coca Cola ou à Central de Cercejas, também na mão de horríveis estrangeiros. Se o ridículo matasse a administração da Caixa estaria enterrada e quem lhe deu a ordem para avançar na operação estava a fazer-lhe companhia. Será para isto que a Caixa se mantém nas mãos do Estado? Para fazer negócios idiotamente nacionalistas e encher os bolsos a um grupo privado português? Será por isto, e pelos boys, claro, que o bloco central se recusa sequer a pensar na privatização da Caixa? São tão ridículos! Querem ver que agora, a par da energia, água e outras coisas mais, os sumos e os cafés também são estratégicos? Parecem o ridículo Chirac que ficou em transe quando a Coca Cola, sempre essa horrível empresa americana, tentou comprar os iogurtes da Danone. A França estremeceu. Então iam começar a papar iogurtes ianques logo ao pequeno-almoço? Sacrilégio. E assim vai esta Europa estúpida e velha e este sítio em que tudo é escuro, atrasado, patrioteiro. O Deus, Pátria e Autoridade não aconteceu apenas no fascismo. Está vivo e recomenda-se.

TV Cabo

Sou cliente da TV Cabo e já precisei de recorrer à linha de atendimento por duas vezes. Ambas por razões técnicas. E a verdade é que sempre me atenderam de forma impecável e, mais importante do que isso, resolveram-me os problemas pelo telefone. É um serviço de qualidade. E por isso é notícia neste sítio em que a maior parte das vezes os clientes são um enorme incómodo. Continuem assim. Até à próxima.

sexta-feira, novembro 04, 2005

Mãozinha marota

Esta história ridícula do xadrez de Coelho e da busca da PJ por causa da investigação a José Luís Judas lembra o caso da Fatinha. Não andará por aí uma mãozinha marota a destruir todos os processos que possam pôr a nu a corrupção partidária? Neste sítio tudo é possível. Mas como a estupidez tem limites é muito natural que ande por aí alguém a tentar atirar areia para os olhos dos cidadãos de um sítio cada vez mais salazarento e pessimamente frequentado.

Mistério

A que propósito é que Jorge Coelho recebeu em 2001, quando já não era ministro, um dossier da empresa A. Santo sobre a urbanização de Tires, com uma carta do dono da empresa que começava com um enigmático parágrafo: 'Conforme o combinado envio elementos sobre o protocolo com a Câmara de Cascais...'. Que diabo ! O que é que Jorge Coelho tinha a ver com os negócios entre Judas e o Santo de Cascais?

quinta-feira, novembro 03, 2005

O Indy

Fontes seguras garantem que vale a pena comprar amanhã o semanário da Inês. Para recordar muita coisa. Da década de noventa. Em que havia um primeiro-ministro Cavaco e um Presidente Soares.

O senhor professor

Mário Soares diz que Cavaco não tem preparação para ser Presidente. Ele, sim, preenche todos os requisitos. Sabe história, direito, sabe onde fica Paris, desfilou contra a guerra do Iraque, é contra a globalização e está na política há mais tempo do que Salazar. Não percebe nada de finanças e de economia, mas é um especialista na mercearia política. Já agora, senhor professor, esqueceu-se de dizer à Constança se o seu amigo Alegre preenche os tais requisitos e se o metalúrgico Jerónimo é capaz de se sentar em Belém. Nem se pergunta sobre o Louçã, porque como andou consigo mas marchas pacifistas e odeia a globalização passou o teste com distinção. Mas fica aqui uma sugestão: proponha uma revisão constitucional para incluir esses requisitos no texto fundamental. Assim acaba-se logo com esta maçada de andar a aturar gente impreparada para tão alto cargo.

Podem repetir

A PGR conseguiu em duas ou três horas vir a público dizer que as buscas a casa de um cidadão, no caso Jorge Coelho, não tinham nada a ver com o dito, isto é, não era suspeito de coisa nenhuma. Por este andar, e no estado a que chegou a justiça, com baixa baixa, neste sítio, os cidadãos arriscam-se a ver entrar nas suas casas brigadas da PJ a vasculharem tudo e mais alguma coisa sem que tenham alguma coisa a ver com o processo em investigação. E o pior é que na maior parte dos casos não haverá Souto Moura nenhum a emitir notas surrealistas duas ou três horas depois. E lá ficam cidadãos impolutos com a sua reputação atirada ao lixo no prédio ou mesmo na rua em que moram.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Onde estão?

Fernando Rosas tem hoje um enorme arrazoado no Público sobre o cavaquismo. E acaba dando aos leitores do jornal uma novidade extraordinária: a esquerda socialista e popular tem soluções modernas e viáveis para o desenvolvimento do sítio, com a manutenção do estado social e de tudo o que anda por aí há muitos anos. Mas como é historiador, Fernando Rosas esqueceu-se de dizer quais eram essas soluções milagrosas. Só falou no passado. É a esquerda no seu melhor. Nostálgica do comunismo, do paraíso soviético, do maoismo, do milagre albanês.

Falta de humor

Anda por aí muita gente enervada, sisuda, preocupada, stressada, sei lá, com uma enorme falta de humor. E tudo isso por causa das presidenciais e do destino dos seus candidatos do coração. Mas estejam descansados. Do painel conhecido nada vai mudar neste sítio. Ficará tudo na mesma. É como a história das moscas. As desgraças vão continuar. Fiquem Vossas Excelências muito descansadinhas.

terça-feira, novembro 01, 2005

Inacreditável

Lê-se e não se acredita. Souto Moura só agora é que soube que o procurador acusado de andar a proteger a Fatinha chama-se José Mota e representa o sítio no organismo europeu encarregue de combater a corrupção. Se não fosse uma desgraça seria a melhor anedota do ano. É verdade: sempre podíamos exportar estas anedotas e outras para diminuir o défice da balança de pagamentos. Seríamos os melhores. À frente da Eslovénia.

Restaurador Olex

Desta vez não é a história de um branco de carapinha e de um negro de cabeleira loira. Trata-se do cabelo de Cavaco. Fontes seguríssimas garantem que o professor deu um toque na popa e nos lados. Além da laca, que o mantém imune a furacões, terá escurecido o cabelinho para dar um ar de mais novo, em contraponto à velhice assumida por Soares. Para não ficarem dúvidas sobre esta relevante matéria presidencial solicita-se à blogosfera que intervenha com o seu apurado sentido de investigação e descoberta da verdade.